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 | 01/04/2007 18h51min

Balança é entrave para mudança de Camilo

Lutador pode mudar de categoria para os Jogos Pan-Americanos

O desempenho de Carlos Honorato nos tatames neste começo de temporada levou a comissão técnica da seleção brasileira de judô a optar por Tiago Camilo para lutar na categoria meio-pesado no Desafio Brasil-Rússia, no último final de semana, em Vitória (ES). A substituição fez renascer as especulações sobre uma possível mudança de categoria do meio-médio para os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho.

Camilo, contudo, evita colocar mais lenha na fogueira.

– Estou fazendo toda minha preparação na categoria até 81kg (na qual disputa a vaga com Flávio Canto). É difícil falar (na mudança). Tem que ver o que acontece, mas seria injusto porque teria de fazer uma preparação também na 90kg – diz atento ao problema de peso que preocupa muitos judocas.

Medalha de prata em Sydney-2000 na categoria meio-médio, Camilo usa a balança em sua argumentação.

– Tem de ver a questão do peso também. São oito, nove quilos de diferença para pouco tempo – ressalta, lembrando que se manter dentro dos limites de sua categoria nunca foi um problema para ele.

– No Desafio, lutei na 90kg por opção técnica e o que o judoca quer é lutar. Mas é difícil falar – completa.

Mais leve ou não que os adversários, Camilo não teve dificuldades para superar o russo Dmitry Gerasimenko em seu combate. O brasileiro venceu por ippon o medalhista de bronze da Copa do Mundo de Budapeste-2007.

A transferência de Camilo para os 90kg não é um assunto recente. Na temporada passada, ele disputou alguns combates nela e chegou até mesmo a pensar na possibilidade real de subir de categoria. A idéia foi abortada por dois motivos principais: o peso e a ‘comodidade’ que Camilo tem na atual classe.

Nem mesmo a possibilidade de não ter de disputar mais a vaga com Canto seria um estímulo decisivo. Isso porque, para o judoca do interior paulista, a briga acirrada com o carioca é antes de mais nada um estímulo.

– Vejo isso pelo lado positivo. Ele é um concorrente bom e isso faz que meu nível cresça, que eu busque cada vez mais. É bom para o judô, é bom para o Brasil. Não importa quem for escolhido, o Brasil estará bem representado. Quem ganha mesmo é o país.

Aproveitando o clima de Jogos Pan-americanos, Camilo e Honorato participaram neste domingo de uma clínica no Sesc Santana, em São Paulo. Coordenado pelo ex-judoca Douglas Vieira, o encontro reuniu também o campeão mundial João Derly, o campeão olímpico Aurélio Miguel e a campeã pan-americana Vânia Ishii.

Os judocas ministraram aulas abertas e falaram sobre suas experiências como esportistas. A clínica serviria também para abordar a prática de artes marciais por deficientes físicos, mas a crise no sistema aéreo brasileiro atrapalhou até isso.

Convidado a falar sobre o assunto, o campeão paraolímpico e tricampeão nacional Antônio Tenório não conseguiu embarcar. Mesmo assim, Vieira acredita que o principal objetivo foi atingido.

– Queríamos aproveitar o Pan e apresentar as lutas em um aspecto não apenas do esporte em si, mas de atividade física e cultural. Mostrar que os atletas são campeões, mas de carne e osso como qualquer um e este tipo de projeto aproxima o público – destaca.

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