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Ciro dispara contra adversários e ataca institutos de pesquisa

Candidato realiza campanha no Rio de Janeiro

O candidato à Presidência da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, elevou o tom das críticas aos adversários, intensificando, também, os ataques aos institutos de pesquisa:

– Não dá para acreditar no Ibope. No mesmo dia, o Vox Populi vem com uma pesquisa com números radicalmente diferentes – declarou Ciro, referindo-se à diferença dos números que mostram sua queda nas intenções de voto.

Pela última sondagem do Vox Populi, Ciro, que viu sua candidatura decolar em julho, caiu de 17% para 15%, empatando tecnicamente com o candidato do PSB, Anthony Garotinho. No Ibope, a queda tirou Ciro dos 15%, deixando-o nos 12%.

As investidas contra os dois principais adversários, o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o tucano José Serra, também se acentuaram nesta quinta, 19 de setembro. Em uma caminhada pelo Mercadão de Madureira, galeria de comércio popular na zona norte do Rio, o trabalhista disparou:

– Se Serra fosse eleito presidente, todo esse modelo econômico que enriqueceu os ricos, empobreceu a classe média e empobreceu os pobres vai continuar tudo igual. Se Lula fosse eleito o que aconteceria com o Brasil seria um salto no escuro.

Ciro chegou a chamar uma eventual vitória de Lula de "aventura suicida''. O candidato negou ter-se abatido com a reviravolta das intenções de voto e aproveitou para diferenciar-se do líder nas pesquisas e apresentar-se como o candidato da mudança.

– Sabia que não ia ser uma tarefa simples. A insatisfação generalizada do povo brasileiro alimenta a ilusão e a crença de que pode ser o Lula a solução (...) Eu até me identifico com a mesma proposta (do PT) quando nega o modelo. Mas eu sou pós-PT... Com essa atitude de desertar da luta política para ficar na "marquetagem'', prometendo 10 milhões de empregos, simplificando grosseiramente as questões, tenho que levar ao país uma alternativa – disse. 

Ciro Gomes chamou de "heresia jurídica" as declarações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a convocação de militares à paisana para fiscalizar as eleições. Na quarta-feira, o ministro Nelson Jobim anunciou que pretende combater duramente a chamada "boca-de-urna'' com a participação de militares.

– O presidente do TSE anunciou ontem (quarta-feira) que vai convocar, ele pessoalmente, as Forças Armadas à paisana para fazer fiscalização aleatória das urnas. Onde nós estamos? Isso aqui não é República das Bananas não! – disparou Ciro ao conversar com repórteres no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.

As informações são da agência Reuters.

 
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