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 | 11/10/2006 19h08min

Tarso diz que Lula vinculará Alckmin a violência em SP

Ministro das Relações Institucionais comentou pesquisa Datafolha

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira que nos próximos debates o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá insistir na vinculação do tucano Geraldo Alckmin com a onda de violência em São Paulo, desviando o foco do envolvimento de petistas na tentativa de compra de dossiê contra tucanos.

– Na questão da ética queremos ir mais adiante, queremos examinar uma questão fundamental que ainda não foi debatida: a violência em São Paulo. Como um cidadão que governa quase quatro anos, e o seu partido teve 12 anos, não sabia da organização criminosa que tomava conta dos presídios em São Paulo e não sabia do preparo de uma insurreição que ceifou milhares de vida? Isso é um sinal de irresponsabilidade pública e é inadimíssivel – disse.

Tarso Genro também comentou o resultado da última pesquisa Datafolha. Segundo ele, o levantamento demonstra o crescimento do presidente na faixa do eleitorado que ganha mais de R$ 900. Tarso afirmou que a eleição não está ganha, mas está confiante na vitória.

– A pesquisa atingiu aqueles que viram o programa e avaliou o desempenho dos candidatos no debate, se ganharam ou se perderam. Quem assistiu ao programa é uma faixa de renda superior que vai a mais de R$ 900, que é onde estamos empatados ou estamos perdendo, na alta classe média. Se a pesquisa dividiu meio a meio, significa vitória para nós, que crescemos nesse meio e que depois foi traduzido na pesquisa – afirmou Tarso.

O ministro convocou os aliados para trabalharem pela reeleição de Lula:

- Eu quero dizer que pesquisa é fotografia do momento, fotografia instantânea, não quer dizer que Lula ganhou as eleições. As grandes possibilidades estão comprovadas de que ele tem condições de ganhar. Vamos trabalhar, fora do horário de serviço, todos os momentos para consolidar uma grande vitória.

Tarso conversou com o presidente sobre a pesquisa antes da solenidade de educação, no Palácio do Planalto, e Lula demonstrou cautela, mas gostou do resultado.

– Obviamente todo candidato diz o seguinte: "eu não dou bola para pesquisa, não gosto de pesquisa, não me baseio em pesquisa", mas no fundo qualquer candidato gosta que as pesquisas sejam boas para ele – disse o ministro.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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