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 | 21/09/2006 18h59min

Gaúcho Marcos Daniel lamenta sua saída do time

O número dois do Brasil não escondeu sua insatisfação

A descontração dos últimos treinos em Belo Horizonte foi novamente vista na tarde desta quinta, na quadra secundária do complexo montado na Expominas. Mas enquanto Gustavo Kuerten, André Sá, Ricardo Mello e Flávio Saretta eram só sorrisos durante a preparação, o gaúcho Marcos Daniel destoava do restante do grupo. E o motivo da seriedade foi justificada na saída dos tenistas.

Daniel, número dois do Brasil no ranking da ATP, não conseguiu esconder sua insatisfação por ter sido preterido da equipe que enfrenta neste final de semana a Suécia, pela repescagem da Copa Davis. Admitindo estar em boa forma, ele se disse apenas triste por não ter uma chance, mas preferiu não entrar em grandes detalhes para não comprometer seu futuro na equipe.

– É claro que saio um pouco triste. Na verdade, muito triste, porque queria muito jogar aqui no Brasil. Estou bem treinado, bem fisicamente, tecnicamente. É a mesma coisa que acontece numa Copa do Mundo, chegar lá e ser cortado no final – lamentou.

– Mas foi uma decisão dele (Meligeni), por falta de condições minhas não foi. Ele tinha mais confiança nos outros jogadores, é só isso que posso dizer – completou.

Apesar de não entrar em questões políticas, Daniel só deixou no ar a possibilidade de ter ficado de fora por motivos políticos.

– O Guga é o Guga. No momento que ele decide jogar você tem que respeitar. E ele impõe esse respeito só com a presença. E minha saída não foi por questões técnicas, isso eu posso afirmar –, cutucou.

– Mas ele evoluiu muito no decorrer da semana e isso foi legal. Ele provou que pode ajudar bastante –.

Daniel ainda detalhou sobre o momento em que soube da decisão do capitão. Segundo ele, aconteceu ainda nesta quinta, logo após o treino da manhã.

– Eu fui para o hotel e começamos a conversar, com o Mauro também. Até aquela hora eu não sabia de nada e aparentemente foi decidido na última hora mesmo –, explicou o atual número 102 do ranking.

– Ele não justificou muito bem, mas sei que foi uma opção técnica. Eu estava preparado, vim para cá querendo ganhar a vaga em simples e duplas. Fiz um treinamento de um mês com o Larri Passos (ex-técnico de Guga) e todo mundo viu aqui durante os treinos que estava bem. Mas saio contente porque sei minha parte eu fiz – completou.

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