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 | 16/08/2006 11h31min

Pedro Ernesto não acredita que sua narração motivará o São Paulo

Profissional da Rádio Gaúcha afirmou que esse é seu estilo de locução

O narrador da Rádio Gaúcha Pedro Ernesto Denardin participou de entrevista online nesta quarta no clicRBS e comentou a polêmica gerada por sua locução do segundo gol colorado diante do São Paulo na última semana em jogo pela final da Libertadores. Denardin não acredita que a narração motivará o adversário. Segundo ele, o jogador joga pelo salário, pelo seu prêmio, pela sua famíla, pela sua profissão.

– Se ela motivar os são-paulinos certamente a capa do Lance que falava em Tetra Tchê também estaria motivando os jogadores do Inter. Jogador joga pelo salário, pelo seu prêmio, pela sua família, pela sua profissão. Se algum deles precisar de uma narração para se motivar numa final de Libertadores deve mudar de profissão. Um clube como o São Paulo não precisa disto – disse Pedro Ernesto.

O narrador ressaltou que narra desta forma, pois vibra com os torcedores.

– A minha narração é emotiva. É um estilo. Vibro junto com os torcedores. Vibrei com o Grêmio nos Aflitos, com o Inter no Morumbi, com a Seleção em Tóquio – afirmou.

Denardin disse ainda que é normal a regionalização. Cada estado ou país valoriza seu time ou sua seleção.

– Cada emissora valoriza o time do seu país, do seu estado, da sua cidade. Promove e emociona as pessoas. Lembram como o Galvão faz nos jogos Brasil X Argentina? Torce para o Brasil, seu público é brasileiro. Nas rádios é a mesma coisa. Basta andar por este Brasil inteiro e sintonizá-las – declarou.

Confira a íntegra da entrevista online:

Pergunta – Bom dia Pedro, o que você acha da repercussão que a sua narração teve no resto do país? Esperava isso?

Pedro Ernesto – Não esperava. alguns jornalistas criaram um fato nacional de uma narração que tem cunho regional e onde são usadas metáforas que não buscam ofender ninguém, simplesmente evidenciar o grande feito do Inter ter ganho do grande São Paulo dentro do Morumbi.

Pergunta de internauta – Bom dia Pedro! Vc acha que a narração pode motivar os são-paulinos?

Pedro Ernesto – Se ela motivar os sãopaulçinos certamente a capa do Lance que falava em Tetra Tchê também estaria motivando os jogadores do Inter. Jogador joga pelo salário, pelo seu prêmio, pela sua famíla, pela sua profissão. Se algum deles precisar de uma narração para se motivar numa final de Libertadores deve mudar de profissão. Um clube como o São Paulo não precisa disto.

Pergunta de internauta – Tu vais narrar do mesmo jeito hoje ou vais te controlar?

Pedro Ernesto – A minha narração é emotiva. É um estilo. Vibro junto com os torcedores. Vibrei com o Grêmio nos Aflitos, com o Inter no Morumbi, com a seleção em Tóquio.

Pergunta – Você acha que desrespeitou o clube paulista?

Pedro Ernesto – O uso de metáforas não é desrespeitoso. Ele busca evidenciar a façanha do Inter que naquele momento ganhava do São Paulo, no Morumbi, por 2 a 0. Claro que o torcedor do São Paulo não gosta de ouvir aquilo, mas está longe de ser uma ofensa para o grande campeão do mundo que eu respeito demais.

Pergunta de internauta – Qual a sua opinião sobre os programas esportivos de São Paulo, até aquele da Band do Avaloni, que fizeram um drama com sua narração, e fizeram pouco caso quando enfatizou seu orgulho de ser gaúcho em uma entrevista.

Pedro Ernesto – Não costuma julgar o trabalho de meus colegas por ética profissional. Mas como ele entrou na minha digo que considero este jornalista beirando o ridículo, uma pessoa sem cultura, e com índices de audiência muito precários. O povo não é bobo, escuta e assiste o que é melhor.

Pergunta – Escutou algum comentário de colorados te criticando ou te elogiando?

Pedro Ernesto – A maioria absoluta dos colorados gostou demais da minha narração

Pergunta de internauta – Se pudesse voltar atras o senhor narraria do mesmo modo?

Pedro Ernesto – Não faria outra vez para não magoar as pessoas. Não é este o meu propósito. Mas isto está longe de ser um arrependimento. Como disse antes não há sentido de ofensa a quem quer que seja

Pergunta – As tuas narrações são totalmente espontâneas, tipo de acordo com o clima do jogo? Ou você já tem algo em mente antes da partida começar?

Pedro Ernesto – As narrações são espontâneas. Elas são do momento. Cada jogo é uma história, cada gol é uma construção. Assim são minhas narrações.

Pergunta – O bairrismo atrapalha ou dá mais força ao futebol?

Pedro Ernesto – Dá força. Cada emissora valoriza o time do seu país, do seu estado, da sua cidade. Promove e emociona as pessoas. Lembram como o Galvão faz nos jogos Brasil X Argentina ? Torce para o Brasil, seu púbblico é brasileiro. Nas rádios é a mesma coisa. Basta andar por este Brasil inteiro e sintonizá-las.

Pergunta de internauta – Vc nao teme represalias quando for a SP, como exemplo a que o Galvão Bueno despertou no Beira-Rio?

Pedro Ernesto – Não porque futebol é momento. Aquele que hoje critica é o que amanhã elogia. A passionalidade do torcedor se coloca contra ou a favor de quem narra ou dá opinião.

Pergunta de internauta – Pedro, vc está preparando uma narração especial pelo ocorrido?

Pedro Ernesto – Não. Não posso preparar nada pelo fato de não saber como será o jogo, qual será seu resultado, quem será o campeão. Tudo acontece na hora.

Pergunta – Existe atualmente muito "policiamento" entre os próprios profissionais de imprensa?

Pedro Ernesto – Não, o que aconteceu foi que alguns colegas de São Paulo criaram um fato, como se eles não torcessem pelos seus clubes.

Pergunta – Qual seu palpite para o jogo desta noite?

Pedro Ernesto – Não tenho palpite, mas acho que o Inter está com tudo para ser campeão da América. Ganha por 2 a 1 e joga em casa. Só um desastre tira o título do Inter.

Pergunta de internauta – Pedro, primeiro gostaria de demonstrar o meu total apoio a você e parabeni-lô não só você como a imprensa gaúcha por seus trabalhos, quando viajamos para outros estados observamos que o repórter não sabe nem a escalação do outro time. Gostaria de saber se você tem alguma preparação antes dos jogos.

Pedro Ernesto – Obrigado pelo carinho, amigo. Não existe preparação para a narração. Sou como um trovador. Faço versos conforme o que vai acontecendo. Mas é claro que vibrarei muito com os colorados em caso de título.

Pergunta de internauta – Pelo amor de Deus, Denardin! Tu não vai ficar se contendo hoje na tua narração, não é? Espero que sejas o mesmo de sempre!

Pedro Ernesto – Claro que não. Estes rapazes de São Paulo sabem que a perda do jogo lá no Morumbi deixou o time deles numa situação horrível. Por isto criaram um fato pra cima de mim . Não vão levar. Serei o mesmo de sempre.

 
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