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 | 08/08/2006 09h38min

Alckmin erra dados sobre educação em São Paulo

Candidato confundiu o Saeb com o Prova Brasil

O candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, confundiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com o Prova Brasil. Durante entrevista ao Jornal Nacional, nesta segunda-feira, o ex-governador de São Paulo afirmou que São Paulo é o primeiro Estado do país pelo Saeb, que avalia o sistema de educação.

– Temos que avaliar todo o sistema de educação, e pelo Saeb é o primeiro do país. Aumentamos de quatro para cinco horas-aula, três dias por semana, são seis horas-aula, 520 escolas estão funcionando em tempo integral, criamos a rede técnica, faculdade de tecnologia. Toda a prioridade a educação – disse.

O Saeb era o sistema usado para avaliar a educação básica até 2003. Desde de 2005 o Ministério da Educação adotou o Prova Brasil, que revela que o Estado de São Paulo não está em primeiro lugar, como disse o ex-governador. Os resultados do Saeb não podem ser comparados com os resultados do Prova Brasil.

O candidato do PSDB disse ainda que se já estivesse no cargo daria um reajuste maior aos aposentados. O ex-governador de São Paulo criticou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reajuste de 16,67% nas aposentadorias acima de um salário-mínimo:

– O governo gastou R$ 20 bilhões (1% do PIB) com todo mundo e depois virou para os aposentados e disse que não tinha R$ 7 bilhões para eles. Mas acabou de aprovar R$ 9,5 bilhões para o fundo de pensão da Petrobras. São dois pesos e duas medidas – disse.

Quando questionado sobre o fato de o reajuste nunca ter sido aprovado durante o mandato de seu colega de partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin mudou o tom, e justificou dizendo que "um erro não justifica o outro".

Alckmin falou ainda sobre a questão ética, barração de CPIs em seu governo e a crise na segurança pública em São Paulo. Ele rejeitou uma comparação entre as denúncias de corrupção sobre os beneficiários do valerioduto do PT e o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ex-presidente do partido, que também recebeu dinheiro do empresário Marcos Valério, em 1998.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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