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 | 02/08/2006 15h58min

Maioria dos palestinos defende cessar-fogo com Israel

Pesquisa de instituto da Cisjordânia indica que 57,7% querem o fim dos combates

Uma pesquisa divulgada hoje indica que 57,7% dos palestinos estão a favor de um cessar-fogo entre israelenses e palestinos. O Centro Palestino para a Opinião Pública, com sede na aldeia de Beit Sahur, do distrito cisjordaniano de Belém, elaborou uma enquete que indica que 38,4% dos palestinos se opõem a um fim das hostilidades, enquanto 3,9% não emitiram opinião sobre este assunto.

Além disso, 68,8% dos palestinos entrevistados consideram que a suspensão das ajudas econômicas pelos principais países doadores à Autoridade Nacional Palestina (ANP), após a posse do Governo do Hamas, aumentará o nível de violência na região. Outros 66,7% acreditam que os observadores internacionais mobilizados na passagem fronteiriça de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, como parte de uma missão da União Européia, desempenham suas funções seguindo a vontade de Israel.

A pesquisa indica também que 51,6% dos entrevistados acreditam que os países árabes são incapazes de substituir as ajudas econômicas e financeiras que recebiam de outros países, principalmente da UE e dos EUA.

A enquete foi elaborada entre 22 e 29 de julho, e contou com uma mostra de mil palestinos maiores de 18 anos, de diferentes segmentos da sociedade palestina, residentes em Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

O porta-voz do Governo do Hamas, Ghazi Hamad, disse hoje que Israel aceitou em princípio uma possível troca de prisioneiros palestinos pelo soldado Gilad Shalit, seqüestrado por milicianos palestinos em 25 de junho e mantido refém em Gaza. O porta-voz do Hamas disse à imprensa que, no entanto, até agora, ainda não se chegou a nenhum acordo sobre o número específico de presos palestinos que poderiam ser libertados das prisões israelenses.

A postura oficial do Executivo israelense é de não negociar nenhuma troca de prisioneiros pela libertação de seus soldados seqüestrados, tanto por milicianos do Hamas em Gaza, como pela guerrilha xiita libanesa Hezbollah.

AGÊNCIA EFE
 
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