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 | 26/07/2006 09h52min

Premiê de Israel diz que luta continua até desarmamento do Hezbollah

Olmert informou ainda que se dispõe a criar uma zona de segurança

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou hoje no Knesset (Parlamento israelense) que a luta contra a milícia xiita libanesa Hezbollah continuará até que ela seja desarmada. Ele informou ainda que se dispõe a criar uma zona de segurança de dois quilômetros de extensão dentro do sul do Líbano. Olmert, interpelado esta manhã na Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança, disse que as Forças Armadas não ficaram surpreendidas com a capacidade de resistência do grupo xiita, que, apesar dos ataques de Israel, continuava combatendo hoje na cidade de Bint Jbeil e lançando foguetes contra Israel.

Nesta madrugada, violentos combates foram travados em Bint Jbeil, em muitos casos corpo a corpo. Segundo informe da rádio pública israelense, seu Exército sofreu muitas baixas. A emissora diz que são mais de 10 soldados feridos, que não puderam ser retirados devido à intensidade da luta. Olmert disse que a zona de segurança que as Forças Armadas propõem criar no sul do Líbano servirá para evitar disparos e contatos entre os militantes libaneses e os soldados que patrulham na região de fronteira internacional de 110 quilômetros, dividida por uma cerca de arame.

– No entanto, não temos a intenção de voltar a ocupar uma zona de segurança no Líbano – disse Olmert.

A crise bélica, que entrou hoje em seu 15º dia, foi desencadeada após uma operação do Hezbollah, que em 12 de julho atacou duas patrulhas em uma operação dentro do território israelense.

Após matar oito soldados, o grupo capturou outros dois, e os mantêm retidos no Líbano. O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, antecipou ontem a criação da "zona de segurança", o que despertou fortes críticas em setores da oposição. Em maio de 2000, Israel desmantelou uma zona de segurança que ocupava no sul do Líbano desde 1985 para impedir ataques do Hezbollah.

Em resposta a uma pergunta dos legisladores, Olmert disse que o Exército do Líbano, que tem 50 mil efetivos, não tem capacidade, por enquanto, de assumir o controle do sul de seu país, de acordo com a resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU.

AGÊNCIA EFE
 
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