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Compra de votos ainda existe no processo eleitoral

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nelson Jobim, disse nessa quinta-feria, dia 4 de julho, que a prática da compra de votos ainda é uma questão não resolvida no processo eleitoral.

De acordo com ele, a Lei 9.840, de 1999, que descreve a "captação de sufrágio" transformou-se no principal instrumento para garantir que a vontade do eleitor não seja distorcida pelo abuso de poder político ou econômico. Antes dela, não era suficiente a prova material da compra de votos. Era necessário provar que a doação "de cestas básicas, por exemplo" havia distorcido a vontade do eleitor e também alterado o resultado da eleição.

A adoção da urna eletrônica teria elimidao as possibilidades de fraudes na votação e na apuração dos votos, fatos constatados em eleições anteriores. Em 2002, cerca de 20 prefeitos e cem vereadores foram cassados. Jobim ressalta que o TSE fará o que tem de ser feito para evitar a compra de votos.

Entre os mecanismos de aperfeiçoamento do processo eleitoral, Jobim defendeu uma reforma partidária que fortaleça os partidos e seus programas. Como o número de vagas de cada partido está relacionado ao número de votos obtidos na eleição, os partidos investem nos "puxadores de votos", candidatos carismáticos que nem sempre têm compromisso com a ideologia partidária. Segundo ele, não são esses candidatos que entram na política, e sim, os partidos é que vão buscá-los.


 
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