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 | 06/06/2006 20h08min

Presidente da CPI diz que OAB deve expulsar advogados do PCC

Afirmação foi rebatida pelo presidente da Ordem

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), defendeu hoje na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que os advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Sousa Rachado sejam expulsos da entidade. Os dois são acusados de terem comprado o depoimento de uma sessão reservada da CPI e repassado a líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A cópia do depoimento teria sido comprada de Artur Vinícius Pilastre Silva, ex-técnico de áudio da Câmara, por R$ 200. Segundo Torgan, os deputados da comissão acreditam que os advogados são integrantes da facção criminosa.

A afirmação foi rebatida pelo presidente da OAB, Roberto Busato, para quem está havendo má-vontade com relação aos advogados.

– Os advogados não estão sendo tratados com dignidade em alguns casos. Não me parece que eles cometeram um crime para serem encaixados dessa forma. Cometeram, talvez, em tese, delitos éticos, e deverão ser devidamente analisados e julgados por esse motivo perante a Ordem dos Advogados do Brasil – disse. Ele classificou como exagero a decisão da justiça federal de apreender os passaportes de Weslei da Cunha e Rachado.

De acordo com Busato, será criada uma comissão da OAB para apresentar sugestões aos parlamentares. O documento deverá ser entregue antes do relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), concluir o relatório final, previsto para o dia 3 de julho. No próximo dia 19, a OAB-SP irá julgar o processo ético-disciplinar aberto contra os dois advogados.

AGÊNCIA BRASIL
 
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