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 | 06/06/2006 11h24min

Organizadores dizem ser impossível evitar revenda de ingressos

O Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2006 admitiu hoje que é impossível evitar a revenda de ingressos para a competição, pedindo aos torcedores para que não estimulem o mercado negro.

Tanto a Fifa como o comitê organizador, que hoje deram uma entrevista coletiva três dias antes do início do Mundial, quiseram minimizar o possível impacto da venda por meio de cambistas, mas admitiram que há entradas que não estão sob controle.

Wolfgang Niersbach, vice-presidente do comitê, assegurou que apenas algumas federações devolveram parte da carga de ingressos que lhes correspondia, e que estas entradas foram imediatamente colocadas à venda no site da Fifa.

– Mas, por muito que se tente, é impossível acabar com o mercado negro e por isso peço aos torcedores para que não recorram a uma revenda que lhes oferece poucas garantias – disse.

Nesse sentido, o suíço Urs Linsi, secretário-geral da Fifa, reiterou que a entidade seguiu as normas oficiais para investigar os rumores sobre um possível vínculo da Federação Paraguaia com a venda ilegal de ingressos.

– Está aberta uma investigação interna, porque primeiro requereremos informação à associação afetada, e outra externa, já que uma empresa auditora independente fará um relatório. Não podemos fazer mais nada – completou.

Franz Beckenbauer, presidente do comitê organizador, afirmou que os mais de três milhões de ingressos estão praticamente todos vendidos.

No entanto, não será batido o recorde de presença do público registrado no Mundial de 1994, nos Estados Unidos.

– Não podemos comparar as duas competições, porque nos Estados Unidos os estádios tinham maior capacidade. O recorde do Mundial dos EUA permanecerá por bastante tempo – disse Linsi.

AGÊNCIA EFE
 
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