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 | 01/06/2006 17h13min

Mantega diz que farra cambial ocorreu no governo passado

Ministro falou que período de paridade entre dólar e real foi populismo cambial

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu nesta quinta-feira as críticas feitas pelo pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, de que a equipe econômica estaria praticando farra fiscal e cambial. Mantega classificou as declarações de "impropérios" e disse que nenhuma farra fiscal está acontecendo na União. O ministro criticou a política cambial do governo Fernando Henrique Cardoso, dizendo que o período em que houve a paridade entre o real e o dólar foi de populismo cambial.

– Aquilo era farra cambial, era populismo cambial. Tanto que quando soltaram o câmbio, em janeiro de 1999, o castelo de cartas desmoronou. Naquela época o real era fraco e estava maquiado. Hoje você tem o real forte porque a economia é forte. As contas externas são fortes porque nós arrecadamos moeda forte no país – disse o ministro.

O ministro disse que a farra pode estar acontecendo em algum Estado, mas garantiu que no governo federal nunca houve um superávit primário na magnitude atual. Ainda segundo ele, farra cambial ocorreu no governo passado, durante a paridade do real e do dólar.

– Não sei se está havendo farra fiscal. Talvez em algum Estado, mas aqui na União não há nenhuma farra fiscal, e muito menos cambial. Muito pelo contrário, nunca se fez um superávit primário desta magnitude durante tantos anos seguidos. Se somarmos quatro anos de superávit primário, acho que é algo inédito na história do Brasil – disse.

Mantega também justificou o fato de o governo ter concedido um reajuste ao funcionalismo público, dizendo que foi uma medida natural e que já estava nas contas do governo, sem prejuízo ao equilíbrio fiscal.

– Os aumentos anunciados para o funcionalismo já estão na conta de 2006 e dentro do superávit de 4,25% do PIB. Portanto, não há nenhuma farra fiscal. Estamos conseguindo compatibilizar equilíbrio das contas públicas, inflação baixa e crescimento vigoroso do país – disse o ministro.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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