| 07/04/2006 10h12min
A Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) suspendeu o pagamento de ajuda direta ao governo da Autoridade Nacional Palestina, porque o Hamas não renunciou à violência, anunciou hoje a porta-voz de Exteriores, Emma Udwin.
– Não haverá pagamentos à Autoridade Nacional Palestina (ANP) ou por meio dela – disse Udwin durante entrevista coletiva. A porta-voz européia também explicou que esta decisão é uma "medida de prudência", até que o Conselho de Ministros da União Européia adote uma decisão sobre o futuro da ajuda, provavelmente na reunião de chanceleres que acontecerá na próxima segunda-feira, em Luxemburgo. Udwin disse que esta medida provisória, que não se aplica à ajuda humanitária concedida através de outros canais, está em vigor desde que o governo do Hamas assumiu o poder, na quarta-feira passada, e afetará em um futuro imediato o desembolso de cerca de 30 milhões de euros, "mas depende de quanto durar". – Agora corresponde aos ministros da União Européia adotar decisões complexas e, enquanto isso ocorre, a Comissão assume sua responsabilidade e adota uma política de máxima prudência na ajuda à ANP – acrescentou. A porta-voz disse que haverá algumas decisões no próximo Conselho de Ministros de Assuntos Exteriores que ocorrerá em Luxemburgo, na segunda-feira, mas não espera uma conclusão definitiva, porque esta não é uma questão simples. – Tenho certeza de que haverá uma ampla discussão sobre como cumprir o objetivo de continuar cobrindo as necessidades básicas da população palestina e de evitar, ao mesmo tempo, os pagamentos diretos ao novo governo ou aos ministros – disse. A medida acontece depois da declaração feita na semana passada pelo Quarteto de Madri para o Oriente Médio – formado por UE, EUA, ONU e Rússia –, que advertia das conseqüências "inevitáveis" para a ajuda direta à ANP se o Hamas não renunciasse à violência e não reconhecesse Israel e os acordos de paz existentes. A União Européia é o principal doador de ajuda aos palestinos, com cerca de 500 milhões de euros destinados em 2005. Grande parte da ajuda é canalizada através da organização para os refugiados palestinos da ONU e ONGs. nA ANP depende totalmente da ajuda externa para poder manter sua administração e pagar os salários dos funcionários. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.