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 | 18/02/2006 13h32min

Ministro italiano que usou camiseta com charge renuncia

Roberto Calderoli foi responsabilizado por invasão do consulado na Líbia

O ministro italiano das Reformas, Roberto Calderoli, anunciou hoje sua renúncia depois de ter sido responsabilizado pela invasão do consulado italiano em Benghazi (Líbia), ontem, devido a suas provocações contra o Islã. Calderoli, da federalista Liga Norte, qualificou de instrumentalizações as críticas que sofreu e disse que deixou o cargo nas mãos do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, por seu "senso de responsabilidade".

O anúncio da renúncia de Calderoli coincide com informações divulgadas por alguns meios de comunicação italianos que apontam que o ministro líbio do Interior foi suspenso de seu cargo por causa da atuação da polícia líbia no protesto de ontem à noite em Benghazi (Líbia), que provocou a morte de 11 manifestantes.

Calderoli, que já esteve em algumas outras vezes no centro da polêmica por declarações racistas e xenófobas, suscitou uma forte polêmica com sua decisão de vestir na televisão uma camiseta impressa com uma das contestadas caricaturas do profeta Maomé, com o objetivo, segundo ele, de reivindicar a liberdade de expressão.

O ministro mostrou a camiseta na quarta-feira passada durante uma entrevista na rede pública RAI, o que suscitou a condenação quase unânime dos partidos da maioria e da oposição. Após a violência na Líbia, Berlusconi solicitou publicamente ao titular de Reformas que renunciasse.

AGÊNCIA EFE
 
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