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 | 31/03/2002 17h59min

Colorado leva 3 a 1 do Atlético-MG e está eliminado na Sul-Minas

Agora, não há mais chances na Sul-Minas. Com a derrota por 3 a 1 para o Atlético-MG neste domingo, 31 de março, o Inter está matematicamente eliminado. Há cinco partidas sem vencer, o colorado lamenta o segundo tropeço consecutivo diante do Galo. Quinta passada, os gaúchos perderam por 2 a 0 no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, também disputado no Mineirão. O Inter volta a enfrentar o Atlético quarta-feira, no Beira-Rio, com a obrigação de superar o adversário por três gols de diferença – ou pelo placar de 2 a 0, que levaria a decisão para os pênaltis. Se fracassar mais uma vez, terá de se contentar com o Gauchão neste semestre.

Segundo o técnico Ivo Wortmann, o jogo de domingo era para recobrar a auto-estima dos atletas. O colorado, com apenas 17 pontos, tinha poucas ambições na Sul-Minas, mas necessitava de um bom resultado a fim de encarar o Atlético de cabeça erguida em Porto Alegre. Ainda era possível passar de fase, principalmente por conta da derrota do Tubarão para o Juventude no sábado. Mas novamente o Inter acabou envolvido pelo alvinegro de Belo Horizonte.

Ivo tomou providências para evitar outro fracasso. Escalou Librelato ao lado de Fernando Baiano, dando ao centroavante um companheiro na frente. O treinador também colocou Claiton na lateral-direita, substituindo o contestado Maricá. A intenção era marcar a saída de bola e agredir, sem esperar pelo adversário. Em boa parte do primeiro tempo, a tática deu certo. Até os 15 minutos iniciais, o Atlético colocou pressão, conseguiu quatro arremates e até poderia ter um pênalti a seu favor aos quatro minutos, quando Amelli derrubou Rodrigo na área. Depois disso, só deu Inter. Miguel, há muitas partidas apagado em campo, conseguiu criar algumas jogadas de qualidade. Fabiano aprovou atuando mais recuado, e Claiton não deixou saudades de Maricá, se revezando entre a defesa e o apoio, como se fosse um ponteiro.

Mahicon Librelato aproveitou a primeira oportunidade em que foi titular desde o apito inicial. Domingo, ele foi o segundo atacante que o colorado precisava. Fez assistências, cruzamentos e, o mais importante, marcou gol. Aos 34, num contragolpe fulminante, Librelato recebeu de Carlos Miguel, entrou na área e teve tranqüilidade para driblar o goleiro, achar espaço e chutar para as redes. Naquele momento, parecia que, finalmente, a vitória se avizinhava. O time pressionava e estava bem na defesa, capaz de barrar as perigosas avançadas de Marques, Guilherme e Djair.

A segunda etapa começou no mesmo ritmo alucinante. Qualquer torcedor ficaria enlouquecido com a série de gols perdidos, um a um, para desespero do goleiro Milagres, que havia substituído Velloso, lesionado ainda no primeiro tempo. Pouco depois de Claiton chutar no travessão e Librelato errar uma cabeçada na linha do gol, Levir Culpi, o treinador atleticano, trocou o zagueiro Gutierrez pelo avante Kim. A partir daí, a história mudou.

O Inter praticamente parou em campo, e o Atlético tomou conta. Aos 18, Ronaldo derrubou Kim quase dentro da área. Depois da cobrança de falta, Guilherme não empatou no detalhe. Quatro minutos depois, o atacante teve mais sorte e acertou uma paulada da entrada da área, bem no ângulo superior de Clemer. Ivo ainda reagiu ao gol de empate sacando Librelato e colocando Márcio, além de ter escalado Daniel Carvalho no lugar de Fabiano Costa. E Márcio desperdiçou duas chances claríssimas de gol.

Quem não faz, leva, e, domingo, o ditado se tornou realidade. Aos 40 minutos, Mancini entrou livre na área e Clemer, sem outra alternativa, agarrou seus pés, fazendo pênalti. O árbitro deu lance vencido porque Bosco estava livre na esquerda. Com a goleira vazia, não teve trabalho para marcar. O golpe de misericórdia veio aos 48 minutos. Kim deixou Cássio caído na ponta-direita e cruzou para Marques liquidar a fatura. Depois do jogo, o presidente Fernando Carvalho, abatido, garantiu a permanência de Ivo Wortmann, apesar de admitir que são necessárias mudanças. Mas uma eliminação na Copa do Brasil pode ser fatal para o treinador colorado.

Mais informações sobre a Sul-Minas no especial do clicRBS

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