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 | 16/12/2005 14h20min

Presidente da FGF se preocupa com a arbitragem

Fatos recentes no futebol brasileiro deixam Noveletto em alerta

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto, se mostrou preocupado de certa forma com a arbitragem para o Gauchão 2006, justamente em função do episódio ocorrido durante o Brasileirão deste ano. Noveletto participou de uma entrevista online no clicRBS no início da tarde desta sexta e conversou com os internautas sobre o campeonato que se inicia no dia 11 de janeiro.

– Esse é o assunto mais preocupante do campeonato. Com os últimos acontecimentos se tirou o direito de o árbitro errar. Na última assembléia pedi a todos os presidentes que dessem colaboração e condições de trabalho para os árbitros. Farei isso através de um ofício ratificando este pedido aos dirigentes, a todos os jogadores e a imprensa. O quadro de arbitragem gaúcha é um dos mais competentes e transparentes do Brasil. Dos três indicados como melhores árbitros, havia dois gaúchos – lembrou o presidente da entidade.

Noveletto, que prevê um acréscimo de 30% de público nos estádios, explicou que em 2006 a fórmula seguirá a mesma de 2005, incluindo os critérios para a decisão. Assim como neste ano, na partida entre Inter e 15 de Novembro, uma equipe poderá chegar à decisão jogando por um empate na prorrogação.

Entre as novidades para o campeonato, o presidente da FGF citou algumas, lembrando o cumprimento do Estatuto do Torcedor: a final, se for um time do Interior com outro da Capital, o estádio tem que ter no mínimo 10 mil lugares, qualquer equipe pode ser rebaixada – até então as duplas Gre-Nal e Ca-Ju nunca participavam de rebaixamento.

Confira a íntegra da entrevista online:

Pergunta: Quais as novidades no Gauchão 2006 em relação à última edição do campeonato?
Francisco Noveletto:
Atendendo o Estatuto do Torcedor, a forma tem que ser a mesma. Algumas mudanças são: a final, se for clube do Interior com outro da Capital, o estádio terá que comportar 10 mil lugares no mínimo; o rebaixamento é para todos, que até então as duplas Gre-Nal e Ca-Ju nunca participavam de rebaixamento, mas está no Estatuto. A fórmula para 2007 mudará. Serão dois grupos de nove equipes jogando entre si, classificando quatro de cada grupo com mata-matas até o final, e a tabela já será conhecida pela ordem de classificação do campeonato de 2006.

Pergunta de Internauta : A FGF pode financiar contratações para a dupla Gre-Nal para valorizar o gauchão?
Francisco Noveletto:
A FGF não tem porte financeiro, apenas está bancando os campeonatos da Segunda Divisão, que no nosso ponto de vista é o que tem mais necessidade. E isso de bancar altas contratações, a federação paulista fez apenas em um ano. Isso não existe no país. Ao invés de ajudar um ou dois clubes optamos por ajudar 30.

Pergunta: A fórmula para a final do campeonato segue a mesma de 2005? Questiono isso em função de que a decisão entre Inter e 15 de Novembro, este ano, foi considerada "confusa", pois o jogo poderia ir para a prorrogação com uma das equipes jogando apenas pelo empate.
Francisco Noveletto:
Continua da mesma forma.

Pergunta de Internauta: Com a boa campanha do Inter na Série A e o acesso do Grêmio à elite, você acha que a dupla Gre-Nal é a favorita?
Francisco Noveletto:
A ordem lá dentro do Grêmio é reconquistar a hegemonia do futebol gaúcho, mas eu não apostaria na dupla Gre-Nal porque as equipes do Interior evoluiram muito, estão investindo mais e já estão prontas para a estréia, e a dupla Gre-Nal está de férias, voltando do Natal, e terão pouco tempo para se preparar.

Pergunta de Internauta: Depois de todos os problemas com a arbitragem no Brasileirão, algum cuidado especial será tomado pela FGF para evitar casos como os ocorridos?
Francisco Noveletto:
Esse é o assunto mais preocupante do campeonato. Com os últimos acontecimentos se tirou o direito de o árbitro errar. Na última assembléia pedi a todos os presidentes que dessem colaboração e condições de trabalho para os árbitros. Farei isso através de um ofício ratificando este pedido aos dirigentes, a todos os jogadores e a imprensa. O quadro de arbitragem gaúcha é um dos mais competentes e transparentes do Brasil. Dos três indicados como melhores árbitros indicados havia dois gaúchos.

Pergunta: E você acredita que os times do Interior vão brigar em igualdade com os clubes ditos grandes do Estado (Grêmio, Inter, Caxias e Juventude)?
Francisco Noveletto:
Isso foi o que aconteceu nos útimos 3 anos. Pelo maior tempo de preparação, deve-se repetir.

Pergunta de Internauta: Em uma escala de 1 a 10, como você classifica o futebol gaúcho comparado ao restante do país?
Francisco Noveletto:
Daria 10 para o futebol gaúcho.

Pergunta de Internauta: Que disparidade foi essa na tabela, na qual 15 de Novembro, Caxias e Ulbra, teoricamente as equipes mais fortes fora os grandes, ficaram no grupo do Inter? Qual o critério?
Francisco Noveletto:
O pessoal do Inter não gostou muito, mas o culpado foi o sorteio. Também concordo que é o grupo mais forte, mas o culpado foram as bolinhas. A dupla de Passo Fundo é o primeiro ano que disputa a Série A. Eles vão se preparar muito.

Pergunta: Uma curiosidade: como foi feita a escolha da bola do Gauchão? Creio que uma bola laranja com detalhes em preto e prata seja algo inédito numa competição aqui no Estado.
Francisco Noveletto:
No bom sentido, eu também achei um pouco "afrescalhada", mas não somos nós que decidimos isso, e sim a empresa que detém o patrocínio, no caso a Penalty. Eu sou do tempo, lá de Pouso Redondo, que a bola sequer tinha cor, quanto mais laranja.

Pergunta de Internauta: Alguma novidade com relação às promoções de ingressos por parte da FGF?
Francisco Noveletto:
Estamos tratando isso com o governo do Estado, através do ingresso solidário, mas não fechamos nada ainda.

Pergunta: Uma questão que sempre vem à tona no Gauchão é o pedido de antidoping por parte da dupla Gre-Nal. Haverá esse procedimento em 2006? Você já tem em mente como isso será esquematizado?
Francisco Noveletto:
O antidoping é liberado. O clube que pedir será atendido desde que ele pague, já que o exame é feito somente no Rio de Janeiro e custa de R$ 3 mil à R$ 4 mil.

Pergunta: Tendo como base os anos anteriores, qual a expectativa de público nos estádios em 2006?
Francisco Noveletto:
Pela volta do Grêmio e o Internacional na Libertadores, nós esperamos no mínimo 30% a mais de público.

JULIANO SCHÜLER

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