| 01/11/2005 22h31min
Além da luta para ficar mais distante do grupo do rebaixamento do Brasileirão, o Juventude se prepara para mais duas batalhas nos tribunais. A primeira será na próxima sexta, quando o clube será julgado por manifestações racistas de alguns torcedores na vitória de 3 a 2 sobre o Inter, no dia 22 de outubro. A outra, que ainda não tem data definida para acontecer, terá em pauta incidentes no empate em 2 a 2 com o Flamengo, dia 26.
Com base na súmula do árbitro paulista Rodrigo Martins Cintra, o Juventude poderá julgado pelo arremesso de líquidos não identificados e cusparadas contra o auxiliar Giovani Canzian. Além disso, o juiz qualificou a conduta do público do hostil.
Nesse caso, o Alviverde pode ser enquadrado no artigo 213: deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desporto. A pena é uma multa que varia de R$ 50 mil a R$ 500 mil e perda do mando de campo de uma a três partidas.
O presidente do Ju, Walter Dal Zotto Júnior, que reclamou da arbitragem após o final da partida, também pode ser penalizado. Dal Zotto está citado na súmula por ter entrado no gramado e proferido palavrões contra a arbitragem, além de ter declarado ao juiz que a "torcida vai te pegar". Nesse caso, a procuradoria deve enquadrá-lo pelas ofensas ou ameaças.
Se punido, o presidente fica sem condições de responder pelo futebol do clube, mas não há risco de perda de mando de jogos, por exemplo. O STJD não tem aceito que os dirigentes suspensos assinem sequer contratos de jogadores, sob pena de severas punições.
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