| 27/10/2005 14h51min
O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, admitiu, nesta quinta, em audiência na Câmara dos Deputados, a possibilidade de indenizar os clubes que tiverem sido prejudicados pelos ex-árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon no Campeonato Paulista deste ano. A Comissão de Turismo e Desporto da Câmara investiga o esquema de manipulação de resultados de jogos do Brasileirão e do Paulista para beneficiar apostadores.
A FPF deverá processar os ex-árbitros por danos materiais e morais na Justiça Desportiva de São Paulo. O montante a ser obtido neste processo seria utilizado para ressarcir os clubes lesados pelas arbitragens.
Del Nero disse também que as acusações feitas por Edilson Pereira de Carvalho contra o vice-presidente licenciado da federação, Reinaldo Carneiro Bastos, podem ter sido motivadas pela decisão da entidade de processá-lo. O ex-árbitro confessou ter manipulado resultados de jogos do Campeonato Paulista de 2005 a serviço da chamada “máfia do apito“ e acusou Bastos de participar do esquema.
Já o presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, José de Assis Aragão, que também prestou depoimento na manhã desta quinta-feira, criticou a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de anular os 11 jogos apitados por Edilson Pereira de Carvalho no Brasileirão. Aragão alegou que, em alguns jogos, como Santos x Corinthians, o ex-árbitro não conseguiu manipular o resultado.
Além disso, Aragão se diz contrário ao sistema de sorteio adotado, conforme determina o Estatuto do Torcedor, para definir o juiz das partidas mais importantes dos campeonatos.
– Somente os profissionais mais experientes participam do processo, dificultando a renovação do quadro – ressaltou, conforme.
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