| 10/10/2005 08h41min
O árbitro Edilson Pereira de Carvalho lançou acusações contra alguns dirigentes do futebol brasileiro neste domingo. Edilson afirmou estar sofrendo perseguição após a revelação do escândalo na arbitragem. De acordo com o juíz, ele passou a ser o Saddam Hussein do Brasil.
O primeiro a sofrer críticas de Edilson Pereira de Carvalho foi Luiz Zveiter. O árbitro condenou a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de anular as 11 partidas apitadas por Edilson. Segundo o árbitro, Zveiter quer aparecer.
– Não é verdade que os 11 jogos foram manipulados. O Zveiter está querendo jogar tudo nas minhas costas. Ele sempre gostou de aparecer. Agora está tudo caindo sobre mim. Até parece que sou o Saddam Hussein do Brasil – disse Edílson, em entrevista ao programa Terceiro Tempo, da Rede Record.
Edilson ainda acusou Armando Marques, ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem. Para o árbitro, a manipulação de resultados no Brasil não é novidade. Ele acusou Marques de tê-lo coagido a beneficiar o Flamengo no jogo de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil de 2001 contra o Juventude.
– Eu estava na sauna do hotel antes do jogo e o senhor Armando Marques me telefonou. 'Edílson, o senhor está vendido. Veja lá o que o senhor vai fazer com a equipe do Flamengo', disse ele. Eu não sabia o que fazer, não queria nem ir ao campo para apitar – disse Edílson.
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