O Rio Grande do Sul apresentou redução de 4,46% no desempenho industrial em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2004. Todos os componentes do Índice de Desenvolvimento Industrial (IDI), divulgado hoje, tiveram variação negativa no período, com destaque para a retração nas compras (-15%). O IDI é pesquisado mensalmente pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Em termos setoriais, as indústrias de calçados (-15,6%), máquinas agrícolas (-14%), madeira (-12,8%) e mobiliário (-10%) foram as que apresentaram os piores resultados. Bebidas (25%) e produtos alimentares (16,3%) se destacaram positivamente. A utilização da capacidade instalada (3,36%) atinge o menor nível para o mês de agosto desde o ano de 1996. Essa ociosidade é maior nos segmentos de couros e peles, editorial e gráfica e material elétrico e de comunicações.

Segundo o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, o Rio Grande do Sul tem sido vítima de problemas conjunturais, como a valorização do real e as altas taxas de juros, acrescidos da estiagem que castigou o Estado e dos limites impostos aos créditos de exportação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com relação ao acumulado dos primeiros oito meses de 2005, o IDI registra queda de 4,1%. As variáveis vendas, (-8,9%), compras (-8%) e horas trabalhadas (-1%) puxaram o indicador para baixo, enquanto salários (0,07%) apresentaram resultado positivo para o período. Em termos setoriais, máquinas agrícolas (-14%), fumo (-8,4%) e calçados (-8,15%) tiveram os piores desempenhos, enquanto que têxtil (+16%), produtos alimentares (+12%) e bebidas (+6,9%) foram os mais positivos.