| 04/10/2005 19h25min
O Inter segue na luta para tentar reverter a decisão do STJD de anular todos os jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho no Brasileirão 2005. O clube gaúcho quer que cada jogo seja analisado em separado, sendo anuladas somente aquelas partidas comprovadamente manipuladas. Porém, o presidente colorado Fernando Carvalho sabe que será um trabalho árduo.
– Reconheço que é uma tarefa difícil. Se nós não tivemos nem acesso aos autos, imagina como vai tramitar este recurso. O prazo muito curto também dificulta muito – disse o dirigente.
Carvalho está revoltado pela forma com que o órgão máximo da Justiça Desportiva do Brasil está tratando as entidades que lutam por seus direitos – os departamentos jurídicos dos clubes não estão conseguindo obter acesso aos autos do processo.
– Em qualquer Justiça, Federal, Militar, do Trabalho, Justiça Comum, está garantido que quem é processado, quem sofra prejuízo em decorrência do processo, tenha acesso aos autos. Um exemplo bem grotesco: o Fernandinho Beira-Mar, se sofrer um processo, vai ter um advogado e esse advogado vai ter acesso aos autos. Não sabemos qual e a base que levou o doutor Luiz Zveiter a tomar esta atitude arbitrária – revelou Fernando Carvalho.
Nesta terça, dia 4, o presidente do Inter convocou uma reunião com representantes de todos os clubes insatisfeitos com a decisão de Zveiter. Compareceram na sede do Clube dos 13 dirigentes de Figueirense, Santos, Ponte Preta, Cruzeiro e São Paulo. Com exceção do tricolor paulista, todos os demais assinaram uma petição de recurso para revogar a anulação dos jogos. A direção são-paulina preferiu aguardar o andamento do processo e não assinou o documento. O Botafogo, que não mandou representante, prometeu ficar do lado dos que se sentem injustiçados e irá participar do recurso, que será encaminhado ao STJD.
Os cartolas se baseiam no regulamento do Brasileirão para tentar receber de volta os pontos que perderam. As regras da competição nacional garantem que uma partida só poderá ser anulada caso fique comprovada a manipulação de algum resultado. Os dirigentes defendem que todos os jogos deveriam ser avaliados por uma comissão especializada, e não generalizar cancelando todas as partidas pelo simples fato de Edílson Pereira de Carvalho ter sido o árbitro delas.
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