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 | 27/07/2005 14h07min

Advogada da família de Menezes critica tática de atirar para matar

Gareth Pierce quer transparência total nas investigações do caso

A advogada britânica Gareth Pierce, que representa os interesses da família do brasileiro Jean Charles de Menezes, criticou hoje as instruções de "atirar para matar" e disse que há muitas perguntas no caso que exigem respostas rápidas. Segundo ela, um homem inocente foi morto, e pouco se falou, até agora, sobre os autores dos disparos.

– Eles são culpados de um crime – destacou.

Jean foi morto com oito tiros pela polícia britânica, na última sexta, ao ser confundido com um terrorista em um metrô da cidade. Ele vivia há cinco anos em Londres, onde trabalhava como eletrecista.

Gareth, que defendeu vários presos de Guantánamo e pessoas envolvidas no conflito da Irlanda do Norte, confirmou também, em entrevista coletiva em Londres, que o corpo do mineiro deixará hoje o país com destino ao Brasil, acompanhado pelos parentes dele residentes no Reino Unido.

 A advogada se queixou de que algumas pessoas que ocupam posições elevadas  tenham feito comentários públicos justificando o ocorrido, antes da realização de uma investigação independente. O próprio primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, embora tenha expressado suas condolências pelo trágico erro da Polícia, desculpou a atuação ao dizer que é preciso entender as circunstâncias difíceis em que o trabalho das autoridades está sendo feito.

A representante dos Menezes lembrou que outras investigações duraram meses e até anos e explicou que no "contexto atual" é essencial que as dúvidas tenham uma resposta rápida, havendo total transparência na investigação dos atos, exigida pelos familiares. Gareth Pierce destacou, ainda, que  "estamos surpresos pelo fato de que a frase "atirar para matar esteja sendo utilizada como um termo legal".

Na última segunda-feira, o ministro britânico de Assuntos Exteriores, Jack Straw, garantiu, em Londres, ao seu colega brasileiro, Celso Amorim, que tudo o que fosse possível seria feito para acelerar a investigação dos fatos.

As informações são da EFE

 
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