O Reino Unido realiza neste domingo uma série de cerimônias religiosas em homenagem às vítimas dos atentados terroristas da última quinta-feira em Londres, que deixaram mais de 50 mortos e cerca de 700 feridos.

Perto da estação de metrô de King's Cross, a mais atingida pelos ataques, uma multidão se reuniu na igreja de Saint Pancras para rezar pelas vítimas. Pelo menos 21 pessoas morreram na explosão ocorrida entre essa estação e a Russell Square, e outras continuam presas sob os escombros.

– Os fatos de quinta-feira são um pecado contra Deus e contra todos os sentimentos humanos decentes – disse o bispo de Londres hoje em uma missa na igreja de St. Martin-in-the-Fields, na Trafalgar Square.

A catedral de Westminster, em frente ao Parlamento britânico, e a de Saint Paul, no centro financeiro, realizarão uma missa em memória das vítimas. A ministra da Cultura, Tessa Jowell, nomeada pelo governo para atender às vítimas dos atentados, disse hoje que, no momento adequado, será construído um monumento em homenagem a elas.

Líderes de todas as religiões pretendem fazer em breve um ato de repúdio conjunto dos atentados, os piores na história de Londres.

Segundo os últimos dados da polícia, as explosões em três estações do metrô e um ônibus ocorreram quase simultaneamente. Os explosivos, de cerca de 4,5 kg cada um, não eram de fabricação caseira.

O efetivo policial britânico iniciou a maior investigação na história desta região para investigar os autores desse massacre. Dois grupos vinculados à Al-Qaeda (Brigadas de Abu Hafs Al Masri, que reivindicou os atentados em Madri, e Grupo Secreto para a Jihad da Al-Qaeda na Europa) reivindicaram os atentados. A polícia não descarta nenhuma hipótese e investiga também se os terroristas eram estrangeiros ou, por outro lado, muçulmanos nascidos no Reino Unido.

As informações são da agência EFE.