Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas em manifestações contra os EUA nesta quinta, dia 12, na província afegã de Nengarhar. Nessa quarta, dia 11, outras quatro pessoas morreram e 70 ficaram feridas em confrontos no local.

O porta-voz do governo provincial de Nengarhar, Faizanul Haq, confirmou que as manifestações contra os EUA continuam sendo realizadas na região. Os distúrbios começaram na última terça na cidade de Jalababad, na província de Nengarhar, quando milhares de universitários saíram às ruas para protestar contra os EUA por causa da suposta profanação do livro sagrado do Corão na base americana de Guantánamo, em Cuba.

Os incidentes acontecem dias após a divulgação de que os militares norte-americanos deixaram cópias do Corão nos banheiros para incomodar os prisioneiros muçulmanos. Pelo menos em uma ocasião, jogaram uma cópia do livro no vaso sanitário.

No distrito de Logar, 20 quilômetros ao sul de Cabul, centenas de pessoas também fizeram uma manifestação na manhã desta quinta e atacaram com pedras os escritórios das autoridades locais e das organizações não-governamentais "International Rescue Committee" e "Care International". Um funcionário ficou levemente ferido.

Os protestos contra os EUA se estenderam à capital afegã, onde centenas de estudantes se manifestaram pacificamente nesta manhã na Universidade de Cabul. Não foi registrado nenhum incidente nas manifestações na capital, em que os participantes gritaram palavras de ordem como "Morte à América" e "Morte a Bush".

Os manifestantes também criticaram o apoio do governo afegão aos EUA, queimaram uma bandeira americana e pediram que não sejam instaladas bases militares americanas em território afegão.

As informações são da agência EFE.