O vice-primeiro-ministro italiano, Marco Follini, pediu neste domingo eleições gerais com urgência, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, após sua derrota em uma votação regional nesta semana. Os comentários de Follini refletem os temores dentro de parte do governo, cujos integrante acham que as coisas só podem piorar para eles se a economia não disparar, e que uma eleição um ano antes do programado pode salvá-los de uma dissolução total.  

– Acho que seria inteligente salvar o país de um ano de campanha eleitoral que pode ser demagógica e prejudicial – disse Follini, líder da União de Democratas Cristãos (UDC), de Centro, em entrevista ao jornal Corriere della Sera. 

A esmagadora derrota nas eleições dos dias 3 e 4 de abril significa que "seria politicamente honesto colocar as chaves do governo de volta nas mãos dos eleitores", disse Follini. A coalizão de centro-esquerda da União, liderada pelo ex-presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, ganhou 11 de 13 regiões disputadas nas eleições, mostrando que os italianos estão fartos dos quatro anos de governo Berlusconi em que a economia quase não cresceu. Prodi conseguiu 52% dos votos, sete pontos a mais que Berlusconi, revertendo totalmente a balança do poder da eleição geral de 2001. Um resultado parecido na eleição geral daria maioria parlamentar à centro-esquerda.   

As informações são da agência Reuters.