Soldados de baixa patente condenados pelos abusos na prisão iraquiana de Abu Ghraib foram julgados e punidos injustamente, disse a general norte-americana que supervisionava as prisões no Iraque ocupado.

A brigadeiro general Janis Karpinski, que supervisionava 17 prisões iraquianas, incluindo Abu Ghraib na época dos abusos de novembro de 2003, disse que não foram os reservistas condenados que desenvolveram técnicas como empilhar prisioneiros nus e obrigá-los a se masturbarem.

– Eu não acho que nenhum deles teve uma oportunidade justa. Eu nunca mudarei minha posição quanto a isso – , disse ela depois de falar ao fórum de assuntos públicos do Commonwealth Club. 

– Eu garanto a vocês que nenhum daqueles soldados sabiam o suficiente da cultura árabe para estarem aptos a dizerem se aquela era coisa certa a fazer, disse ela.

Desde a publicação das fotos há um ano, seis soldados confessaram o abuso. Um outro, Charles Graner, disse que estava seguindo ordens para abalar os prisioneiros antes de interrogatórios, mas um juiz militar rejeitou essa argumentação e o sentenciou a 10 anos de prisão.

– Eu não estou defendendo nenhum deles, especialmente Graner –, disse a general.

– Houve algumas coisas que eles fizeram erradas: eles ultrapassaram o limite. O que eu defendo para eles é justiça e igualdade.

As informações são da agência Reuters.