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 | 04/04/2005 16h42min

Arquidiocese agradece Papa por seu papel como líder da Igreja

Nota é assinada pelo arcebispo Dom Murilo Krieger

A Arquidiocese de Florianópolis divulgou uma nota em pesar pelo falecimento do Papa João Paulo II. No texto, assinado pelo arcebispo Dom Murilo Krieger, a Igreja expressa a gratidão pelo papel desempenhado pelo Pontífice e a dor pela perda do seu mais importante líder espiritual.

Leia a íntegra da nota:

Obrigado, Senhor! Obrigado, João Paulo II!

Neste momento em que o mundo chora a morte do Papa João Paulo II, nós, da Arquidiocese de Florianópolis, nos unimos a essa dor que é envolvida pelo sentimento de gratidão.

Gratidão a Deus, por nos ter dado um Papa que foi fiel à sua missão, sintetizada no apelo que dirigiu ao mundo quando iniciou seu pontificado, a 22 de outubro de 1978: “Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o seu poder! (...) Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! (...) Não tenhais medo! Cristo sabe bem o que está dentro do coração do homem. Somente ele o sabe!”

Gratidão a Deus, por ter preservado a vida de João Paulo II naquele inesquecível 13 de maio de 1981, quando uma bala a colocou em perigo. Como o próprio Papa testemunhou mais tarde, “acima do poder de disparar e matar, havia uma Força mais alta” (“Memória e identidade”, p.185).

Gratidão a Deus, por nos ter dado um Papa missionário, capaz de superar todos os limites para ir ao encontro das ovelhinhas mais distantes, colocadas sob sua responsabilidade; por nos ter dado um Papa coerente, que se manteve fiel aos valores do Evangelho, mesmo quando sabia que isso lhe traria duras críticas; um Papa alegre, consciente de que o Evangelho é a maior fonte de alegria e paz.

Somos gratos, também, ao próprio Papa João Paulo II. Quando esteve em Florianópolis, naqueles saudosos dias 17 e 18 de outubro de 1991, cumpriu, junto a nós, a missão que recebera de Cristo: “Cuida das minhas ovelhas...” (Jo 21,17). E nos lembrou, referindo-se aos imigrantes que tinham escolhido nosso Estado para construírem suas vidas: “Todos fizeram de Santa Catarina um só povo, com muitas falas, hábitos e tradições, cuja face humana se tornou bem brasileira pela riqueza do trabalho, da cordialidade e, sobretudo, da única fé cristã.”

Como não agradecer a “João de Deus” o apelo que deixou em nosso coração, para que buscássemos o que é essencial – isto é, a santidade?

“Hoje” – ele falava no dia 18 de outubro, quando beatificava Madre Paulina, no Aterro da Bahia Sul – “a Igreja quer fazer-se eco, mais uma vez, das palavras inspiradas de São Paulo aos Tessalonicenses: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1Ts 4,3)” E, no final de sua homilia, insistiu: “A Igreja precisa de santos! De muitos santos!”

Sua missão está cumprida.

O mundo tenta refletir sobre o sentido das inúmeras mensagens que esse Papa lhe deixou. Fica para nós, da Arquidiocese de Florianópolis, a responsabilidade de colocar em prática o “testamento” que nos antecipou: a necessidade de buscarmos a santidade.

Obrigado, Senhor! Obrigado, João de Deus!

Florianópolis, 3 de abril de 2005
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis

 
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