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 | 02/04/2005 02h32min

Novo boletim sobre Papa pode informar morte

Não há definição sobre horário de informe sobre condições do Pontífice

O próximo boletim sobre a condição de saúde de João Paulo II pode informar sobre a morte do Pontífice, segundo o repórter Manoel Tavares, da Rádio do Vaticano.

De acordo com a rádio, não há previsão do horário em que um novo comunicado sobre a saúde do Santo Padre será divulgado. No entanto, Tavares afirmou que o sala de imprensa no Vaticano foi fechada às 6h da manhã deste sábado (horário local), e será reaberta às 9h – por volta de 5h no Brasil. A expectativa é de que o porta-voz oficial da Santa Sé, Joaquin Navarro Valls, se pronuncie.

As luzes dos aposentos do Papa ficaram acesas durante toda a madrugada deste sábado, mas o último boletim médico foi divulgado ainda nesta sexta. Segundo texto, João Paulo II se apagaria "ao poucos", em uma "lenta e serena" agonia. Segundo médicos, o Pontífice entregaria em até 24 horas a alma a Deus.

O estado de saúde era considerado tão grave nesta sexta, que chegou a ser informado que o Papa estava em uma condição de pré-morte. Rins e coração estariam seriamente comprometidos.

Por volta das 12h de sexta (horário local), Valls revelou ainda que o Papa estava lúcido e que preferiu não ser internado no Hospital Gemeli de Roma. Durante a manhã, recebera a visita de colaboradores e participou da celebração da Santa Missa. Pediu inclusive que fosse lida a Via Crucis, que reconta os episódios nas horas finais da vida de Cristo, e suas 14 estações. Durante a leitura, o Papa fez o sinal da cruz.

Visivelmente emocionado, o porta-voz teve de segurar as lágrimas ao descrever que "nunca tinha visto nada assim nos últimos 26 anos" do papado de João Paulo II.

A morte do Papa é confirmada por um ritual definido pela Lei do Vaticano antes de ser comunicada ao povo católico. Segundo o editor-chefe da revista semanal America e autor de Dentro do Vaticano: A Política e Organização da Igreja Católica, reverendo Thomas Reese, o processo é longo. Quando o Papa morre, o chefe do departamento da unidade papal, atualmente o bispo James Harvey, informa o camerlengo (cardeal que governa interinamente a Igreja entre a morte de um Papa e a nomeação do seguinte), que atualmente é o cardeal Eduardo Martinez Somalo, que deve verificar a morte do Pontífice. O camerlengo deve fazer isso na presença do mestre de cerimônias papal, o arcebispo Piero Marini, do prelado e do secretário da Câmara Apostólica. O secretário da Câmara Apostólica redige então uma certidão de óbito. O camerlengo depois anuncia a morte do papa ao vigário de Roma, o cardeal Camillo Ruini, que informa o povo romano sobre o ocorrido.

Embora esse seja o procedimento oficial, a maioria das pessoas vai saber da morte do Papa pela mídia. Até 1903, na morte do papa Leão XIII, a morte do governante da Igreja era verificada batendo-se com um martelo de prata na fronte do Pontífice. Esse procedimento também pode ter sido usado em João XXIII, que morreu em 1963.

Uma vez constatada oficialmente a morte do Pontífice pelo religioso que exerce a função de camerlengo e anunciada a notícia ao povo romano pelo vigário de Roma, os cardeais devem fixar a data, horário e as modalidades do transporte do corpo do Papa falecido à basílica do Vaticano para ser exposto à visitação dos fiéis.

Com informações da agência Reuters.

Fiéis oram pela saúde de João Paulo II

 
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