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 | 30/03/2005 07h39min

Calheiros muda postura e critica medidas do governo federal

Aliado de Lula, senador discursou em evento da CNI

Normalmente aliado incondicional do Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mudou nessa terça, dia 29, de postura e fez um discurso no tom adotado por Severino Cavalcanti (PP-PE), presidente da Câmara.

Falando a empresários e parlamentares durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Calheiros pediu uma mobilização da sociedade para exigir do governo melhoria no gasto público, redução da carga tributária e mais critério para o envio de medidas provisórias (MPs), que "apequenam o Congresso".

– Não dá mais para elevar a carga. Não dá mais para tratar de questões de medidas tributárias por medida provisória. É preciso uma mobilização, processo em que o setor industrial tem grande peso, para que isso mude – afirmou o presidente do Senado.

Antes do discurso de Calheiros, Severino havia sido muito aplaudido por seu papel na derrota da MP 232. Em outro momento do discurso, Calheiros reclamou do descontrole dos gastos públicos, que acarretam elevação dos impostos.

– É preciso ter um controle mais eficiente do gasto público, para que a carga tributária não precise ser elevada. A sociedade comprovou que a carga tributária chegou ao limite – disse.

O discurso do senador ocorreu na hora do almoço, quando muitos empresários acabavam de receber a notícia de que o governo havia desistido de aprovar a MP 232. Calheiros pegou carona na euforia dos participantes do evento, fazendo uma referência a uma música do ministro da Cultura, Gilberto Gil, Expresso 2222:

– Peço licença ao ministro Gil para dizer que o governo montou um expresso desgovernado. A MP precisa ser derrubada.

Na avaliação do presidente do Senado, o excesso de MPs faz com que o Executivo legisle, o que seria um desvirtuamento de sua função.

No evento dessa terça, Calheiros e Severino sentaram-se à mesma mesa, separados apenas pelo presidente da CNI, Armando Monteiro. Os dois parlamentares conversaram cordialmente, sorrindo bastante e sem aparentar a tensão de um mês atrás, quando Calheiros se recusou a autorizar, por ato da mesa diretora do Senado, o aumento salarial dos deputados e senadores defendido por Severino.

As informações são do jornal Zero Hora.


 
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