| 30/03/2005 07h10min
O caso Grêmio e ISL terá seus primeiros desdobramentos na esfera policial nesta semana. Até sexta-feira, o delegado André Mocciaro, titular da 2ª DP, começará a intimar os principais envolvidos no caso para a tomada de depoimentos.
Nesta quarta, dia 30, o delegado deverá receber do juiz Luiz Menegat a cópia do processo no qual o Grêmio cobra do Banco Itaú a apresentação dos cheques em nome do clube e que foram depositados em contas de terceiros.
– Já há elementos suficientes para dar início às oitivas. Nesta semana começaremos a tomar os primeiros depoimentos – disse Mocciaro, destacando que as investigações estão em andamento.
O delegado não descarta buscar informações e depoimentos de pessoas ligadas às três instituições financeiras que receberam os cheques destinados ao Grêmio.
O presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio, Mauro Knijnik, disse receber "muito bem" a sugestão de que a reunião da noite desta quarta se realize com portas abertas. Acrescentou, no entanto, que a sugestão, feita pelo ex-presidente José Alberto Guerreiro, ainda será submetida ao plenário do Conselho.
– Queremos o esclarecimento dos fatos – ressaltou Knijnik.
A reunião terá início às 20h. Na pauta, além da questão envolvendo a ISL, estará a discussão do balanço financeiro de 2004, que registrou um acréscimo de R$ 13,5 milhões à dívida do Grêmio. O passivo atual do clube já é de R$ 103 milhões.
Também favorável à reunião com portas abertas, o conselheiro Marco Antônio Souza sugere que se dê conhecimento prévio à imprensa de todos os documentos que estão sendo referidos na discussão do caso.
Autor de requerimento sugerindo a criação de uma comissão de conselheiros para acompanhar o caso, Souza se diz satisfeito com o fato de o Ministério Público e a Receita Federal mostrarem interesse pela matéria. O conselheiro acredita que já haja elementos suficientes para que o MP e a Receita Federal
iniciem seus procedimentos. Um deles é a indicação de
contas no exterior para o depósito dos valores referentes às multas supostamente cobradas por Rangers, River Plate e Palmeiras relativas aos jogadores Amato, Astrada e Paulo Nunes.
Sugere que também o Ministério Público Estadual também acompanhe o caso.
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