As negociações entre os principais partidos do Iraque para a formação de um novo governo fracassaram, acabando com as esperanças de que estaria pronto quando o parlamento, eleito apesar da violência, se reunisse pela primeira vez nesta semana.

Autoridades da aliança xiita que ganhou a maioria dos votos e do bloco curdo, que ficou em segundo, disseram neste domingo, 13, que não chegaram a um acordo sobre dois assuntos difíceis - distribuição dos principais postos do gabinete e ampliação da região autônoma curda no norte.

O parlamento deverá se reunir na próxima quarta, mais de seis semanas depois da eleição que deu a muitos iraquianos esperança de que uma nova autoridade acabaria com os ataques suicidas, carros-bomba e execuções principalmente por insurgentes árabes sunitas.

Na cidade de Sharqat, norte do Iraque, um carro-bomba matou seis soldados iraquianos no sábado, disse o Exército. Em Mosul, um soldado norte-americano foi morto por fogo de armas leves na sexta-feira, disseram os militares, e no sábado uma bomba ao lado da estrada matou dois funcionários dos Estados Unidos ao sul de Bagdá.

Muitos iraquianos culpam os políticos, por quem dizem ter arriscado a vida para votar em 30 de janeiro, de prolongarem o vácuo político enquanto a violência aumenta.

Ahmad Chalabi, um dos principais líderes do bloco xiita, a Aliança Iraquiana Unida, voltou de mãos vazias no sábado de uma viagem ao Curdistão para salvar a aliança curda-xiita com dois terços de maioria exigida para formar o governo.

Os curdos, que são 3 milhões dos 27 milhões de iraquianos, querem a presidência para o líder curdo Jalal Talabani, e um ministério importante: Interior, Finanças ou Defesa. Também querem parte do lucro do petróleo aumentado de 17% para 25%, e a inclusão de Kirkud na região federativa curda.

As informações são da agência Reuters.