| 09/03/2005 23h51min
O Figueirense vai enviar o exame cardíaco do meia Oliveira aos Estados Unidos para a avaliação do D. Maron, especialista em doenças do coração. O médico deverá emitir um parecer sobre a disfunção apresentada no teste que o jogador fez no Instituto do Coração, em São Paulo, na semana passada, sob supervisão do Palmeiras. O Verdão estava acertando o empréstimo do jogador, que completa 22 anos nesta sexta.
O ecocardiograma de Oliveira detectou uma miocardiopatia hipertrófica assimétrica, um aumento na espessura do septo que divide as cavidades internas do coração.
Esta disfunção é responsável por cerca de 25% dos casos de morte súbita de atletas, como a que ocorreu com o zagueiro Serginho, do São Caetano, durante a partida com o São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileirão 2004.
Após receber a notícia, o meia deixou a capital paulista e viajou para Goiânia, onde vive sua família. Devido ao problema no coração, o jogador poderá ser forçado a abandonar o futebol.
Em janeiro, Oliveira passou por uma bateria de testes em Florianópolis com o resto do grupo alvinegro. Foi submetido a eletrocardiograma, raio-x do tórax e teste de esforço físico. Nenhum resultado anormal foi encontrado. Quando algum problema é detectado, o próximo passo é fazer o ecocardiograma, um exame mais específico.
– Cerca de 10% a 15% dos exames preliminares apontam alguma arritmia. Mas a maioria não significa nada, o que acaba sendo comprovado pelo ecocardiograma, que analisa a estrutura anatômica do coração – explica o médico do Figueirense, Sérgio Parucker.
– Até um agente viral, como uma gripe, pode causar o aumento no septo cardíaco – completou Parucker, que conversou com o time sobre o assunto por 10 minutos antes do treino desta quarta.
Segundo informações do Figueirense, Oliveira também havia feito os mesmos exames preliminares quanto passou pela seleção brasileira sub-20, pelo Vasco e pelo futebol japonês, sem que nenhuma anormalidade fosse apontada.
O Figueirense possui uma ambulância que acompanha a equipe nos treinos no Centro de Treinamento do Cambirela, em Palhoça. Atualmente, o carro serve apenas para remoção de algum atleta lesionado. Segundo Parucker, o veículo vai ser equipado com instrumentos de atendimento urgente, como desfibrilador.
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