Personalidades da oposição libanesa responsabilizaram as autoridades da Síria e do Líbano pela morte do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri num ataque com carro-bomba nesta segunda, dia 14, e pediram a renúncia do governo. Num comunicado lido a repórteres depois de uma reunião de emergência em Beirute, líderes da oposição também exigiram que as forças sírias se retirem do país antes das eleições de maio. Uma greve de três dias foi convocada.

– A oposição responsabiliza as autoridades do Líbano e a Síria, o poder guardião, por esse crime ... e pede   comunidade internacional que a faça assumir a responsabilidade com relação ao Líbano, a nação cativa – disseram eles.

A natureza da responsabilidade não foi especificada. O comunidado diz ainda que a oposição exige a saída da autoridade, "que perdeu sua legitimidade constitucional e internacional, e pede um governo de transição neutro e a retirada das forças sírias antes das eleições". O chefe druzo Walid Jumblatt e o ex-presidente cristão Amin Gemayel estavam entre os participantes da reunião.

Durante a tarde, o governo brasileiro divulgou uma nota condenando "com veemência o atentado terrorista que ceifou a vida do deputado e ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik al-Hariri, bem como do ex-Ministro Bassel Fleihan, e feriu dezenas de outros cidadãos libaneses".

A nota diz que o governo brasileiro reconhece a contribuição de Hariri "para a paz civil, para a estabilização política e para a reconstrução do Líbano", após longos anos de guerra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma mensagem de condolências ao governo libanês e à família de Rafik al-Hariri.

Com informações da agência Reuters e Ministério das Relações Exteriores.