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 | 09/02/2005 22h16min

Juiz aponta ligação entre Al Qaeda e atentado em Madri

Documento de 19 páginas foi divulgado por um tribunal nesta quarta

Investigadores espanhóis estabeleceram a mais clara relação já feita até agora entre os atentados a bomba aos trens de Madri, ocorridos em 11 de março do ano passado, e uma suposta célula da Al Qaeda, cujos membros tinham sido presos dois anos e meio antes do ataque.

Um documento de 19 páginas emitido na quarta, dia 9, por um tribunal deixou claro o papel do marroquino Rachid Bendouda, conhecido como Fat Rachid, em estabelecer e manter contatos com uma célula da Al Qaeda liderada por Imad Eddin Barakat Yarkas, um suspeito sírio, mais conhecido como Abu Dahdah. O juiz Juan del Olmo, que chefia a investigação sobre os ataques conduzidos por militantes islâmicos contra trens de passageiros que deixaram 191 mortos e 1.900 feridos, disse que Bendouda estava "fortemente ligado" a Abu Dahdah.

– A mistura de origens, grupos ou ligações entre aqueles implicados até agora com o 11 de março tem dois pontos em comum: Abu Dahdah como o ponto comum na linha de contatos e o salafita, a ideologia da jihad que eles compartilham – escreveu Del Olmo no documento judicial.

Segundo ele, deduziu-se que Fat Rachid "foi o meio de contato com Abu Dahdah". E afirmou ainda que Bendouda (Fat Rachid) visitava Abu Dahdah regularmente na prisão. Bendouda voltou a ficar sob custódia. Abu Dahdah e outros 26 esperam para enfrentar um julgamento nos próximos meses. O grupo havia estado sob observação por algum tempo e foi preso em novembro de 2001, pouco depois dos ataques de 11 de Setembro. 

Alguns suspeitos da célula de Abu Dahdah eram vistos como ajudantes diretos de um dos seqüestradores dos aviões dos atentados aos Estados Unidos, Mohammed Atta, que viajou pela Espanha nos meses que antecederam os ataques. Como muitos suspeitos pelo 11 de março, Abu Dahdah foi monitorado no bairro de Lavapies, uma área multiétnica de Madri, onde Fat Rachid tinha uma loja de roupas que, para os investigadores, foi usada para financiar as bombas aos trens.

O juiz mostrou que os investigadores acreditam que diversos grupos engajados na jihad contra o Ocidente se uniram para desfechar os ataque aos trens de Madri. Autoridades acreditam que todos os envolvidos eram simpatizantes do movimento salafita do norte da África e do Grupo Combatente Islâmico Marroquino, organização vista como um braço da Al Qaeda no norte africano.

As informações são da agência Reuters.


 
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