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 | 25/01/2005 19h04min

Partidos pedem eleitores nas urnas no Iraque, extremistas prometem violência

Hospitais reforçam serviços para garantir atendimento em caso de violência

Alguns grupos políticos iraquianos ameaçam os eleitores com maldição eterna se eles não votarem no domingo, suscitando protestos de outros partidos, disse uma autoridade eleitoral nesta terça. Farid Ayar, porta-voz do órgão eleitoral do Iraque, disse que alguns partidos utilizaram fotos de líderes religiosos em pôsteres de campanha, o que pode infrigir as leis eleitorais.

Os candidatos da comunidade xiita iraquiana foram acusados de se aproveitar da popularidade de seu principal clérigo, o grande aiatolá Ali al-Sistani, utilizando sua foto em material de campanha. Sistani não está concorrendo à eleição, mas uma lista de candidatos elaborada principalmente por ele deve ser a mais bem-sucedida na eleição, que definirá uma assembléia nacional constituinte. Ele também divulgou editos pedindo às pessoas que compareçam às urnas.

De acordo com as recentes leis eleitorais do Iraque, os partidos não podem exibir símbolos religiosos no material de campanha. Os critérios sobre o uso de personalidades religiosas não são tão claros. Ayar afirmou que os xiitas responderam às reclamações alegando que outros partidos também estão usando fotos polêmicas em seu material, como imagens de Abdul Karim al-Qasim, o brigadeiro que derrubou a monarquia iraquiana em 1958, iniciando um período de meio século de golpes e ditaduras.

Outros partidos reclamaram do uso da máquina do governo pelo primeiro-ministro interino Ilyad Allawi. A comissão disse que vai analisar as reclamações, mas não esclareceu que providências pode tomar

Também nesta terça, um grupo militantes no Iraque disse que ordenou a combatentes que intensifiquem os ataques e incitem o seqüestro de pessoas para perturbar as eleições deste domingo, 30. O texto foi publicado em um site islâmico e assinado pelo Exército Islâmico no Iraque, grupo sunita que matou vários reféns estrangeiros e reivindicou a autoria de muitos ataques contra alvos norte-americanos e iraquianos.

– Também incitamos a todos os mujahideen para se focarem em alvos inimigos e aumentarem os esforços na obtenção de muitos reféns... eles devem documentar essas operações para aterrorizar o inimigo e revelar suas mentiras, dizia o texto.

Os hospitais iraquianos estão se preparando para enfrentar violência nas eleições de domingo. Os pronto-socorros solicitaram leitos extras, e um estoque de remédios, água e combustível suficientes para 30 dias será distribuído para todos os hospitais. Os plantões dos médicos foram estendidos e os poucos que não trabalharem no dia da eleição estarão de sobreaviso.

Segundo ele, os hospitais temporariamente pararam de aceitar casos menos graves, como de hérnias e úlceras, para garantir que haja espaço para casos de emergência durante a eleição.

O líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, declarou guerra aberta contra a eleição numa fita de áudio divulgada pela Internet no domingo, em que repreende a maioria xiita por aderir ao pleito e pede aos sunitas que combatam os "eleitores infiéis". Para as autoridades iraquianas, as guerrilhas sunitas não querem apenas arruinar a eleição, mas querem também provocar uma guerra civil.

Cerca de 14 milhões de iraquianos poderão votar nas cerca de 5,7 mil seções eleitorais. Teme-se que grupos militantes ataquem aglomerações de eleitores.

As informações são da agência Reuters.

 
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