Militantes leais a Abu Musab al-Zarqawi, aliado da Al-Qaeda, decapitaram um soldado iraquiano à luz do dia em um refúgio rebelde nesta sexta, dia 21. De acordo com testemunhas, eles deixaram um bilhete alertando as outras tropas iraquianas para se retirarem.

Eles disseram que nove homens pararam dois carros no centro de Ramadi, tiraram o soldado de um dos veículos e cortaram sua cabeça na frente dos habitantes locais. Os militantes deixaram o corpo fardado na rua com a cabeça sobre o tronco.

Um bilhete foi encontrado na cena sugerindo que os homens eram do grupo de Zarqawi e alertando soldados iraquianos, guardas nacionais e policiais de que um destino parecido esperava por eles. Insurgentes freqüentemente se enfrentam com tropas norte-americanas e iraquianas em Ramadi, uma cidade rebelada 110 quilômetros a oeste da capital e onde o sentimento antiamericano é grande.

Nesta sexta, residentes de Ramadi arrancaram panfletos norte-americanos que encorajavam as pessoas a votarem nas eleições do dia 30 de janeiro. O interesse nas eleições é baixo na cidade sunita, onde poucos eleitores se registraram e é esperado um baixo comparecimento às urnas em meio à disseminada violência e intimidação.

O grupo de Zarqawi tem reivindicado a autoria de alguns dos mais sangrentos ataques e decapitações de reféns no Iraque.

Na sexta, um grupo liderado por Zarqawi colocou um vídeo na Internet mostrando o momento em que dois iraquianos que disseram trabalhar em uma base norte-americana no Iraque foram decapitados. As imagens mostram dois homens, que se identificaram como Ali Hussein Jassem Mohammad al-Zubaidi e Ahmad Alwan Hussei al-Mahmadawi, na frente de uma faixa com o nome da Organização Al Qaeda de Guerra Santa no Iraque. A fita depois mostra militantes cortando as cabeças dos dois reféns.

As informações são da agência Reuters.