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 | 19/01/2005 02h51min

Fotos revelam mais abusos no Iraque

Desta vez, denúncias envolvem três militares britânicos, que alegaram inocência

Como se as tropas americanas tivessem feito escola, novos abusos contra prisioneiros iraquianos vieram à tona ontem, dessa vez realizados por soldados britânicos. Fotografias mostrando a humilhação de civis no Iraque foram reveladas pela corte marcial britânica durante o julgamento de três soldados acusados de abusos.

Em uma delas, dois iraquianos nus aparecem simulando sexo anal para a câmera. As fotos mancham internacionalmente a reputação das forças armadas britânicas, da mesma forma que as imagens de torturas contra prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib prejudicaram a imagem dos militares americanos.

Ao todo, 22 fotografias foram descobertas por funcionários de um laboratório fotográfico, depois que um soldado levou o filme para ser revelado em uma loja perto de sua casa em Tamworth, na Grã-Bretanha. Os funcionários alertaram a polícia britânica, que confiscou o material. Posteriormente, descobriu-se que as fotografias foram tiradas pelas câmeras de cinco soldados britânicos em Basra, em maio de 2003 - pouco depois da queda de Saddam Hussein.

Ontem, a promotoria apresentou as fotos no início do julgamento dos cabos Darren Larkin, 30 anos, e Mark Cooley, 25 anos, e do capitão Daniel Kenyon, 33 anos. Os três militares integram o Real Regimento de Fuzileiros, cuja base fica na cidade alemã de Osnabrueck, onde a corte marcial foi instalada. Os réus enfrentam nove acusações de maus-tratos contra prisioneiros que estavam sob sua responsabilidade.

A divulgação das fotos obrigou o chefe do Estado-Maior britânico, general Michael Jackson, a vir a público condenar %26quot;todo tipo de maus-tratos%26quot;.

Uma dos fotografias mostra um soldado de pé em cima de um homem amarrado e deitado no chão. Outra mostra um soldado socando, ou fingindo socar, um homem que está deitado no chão e amarrado com cordas. Em uma das imagens mais fortes, um prisioneiro nu é aparentemente forçado a ficar de joelhos e simular sexo oral em outro homem despido.

Na abertura do julgamento, o cabo Larkin confessou ter golpeado um prisioneiro civil iraquiano, disse estar envergonhado do que fez, mas alegou inocência nas outras acusações. Já o capitão Kenyon e o cabo Cooley alegaram inocência em todas as acusações. Se forem considerados culpados, os réus podem ser condenados à prisão e ser expulsos do exército. O julgamento, que deve durar entre três e quatro semanas, ocorre poucos dias depois de o soldado americano Charles Graner ser condenado a 10 anos de prisão por maltratar prisioneiros iraquianos na penitenciária de Abu Ghraib, perto de Bagdá.

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