Um militante suicida provocou uma explosão junto a militares israelenses na Faixa de Gaza nesta terça, dia 18, logo depois da chegada do presidente palestino, Mahmoud Abbas, ao território, onde ele tenta convencer os militantes a deporem armas.

– Pareceu ser um militante suicida que se explodiu enquanto os soldados verificavam seu veículo – disse um porta-voz dos colonos judeus na região.

O incidente teria deixado seis pessoas gravemente feridas. O Exército israelense confirmou o ataque, ocorrido junto ao assentamento judaico de Gush Katif. O Hamas assumiu sua autoria.

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, também esteve na Faixa de Gaza na terça, numa rara visita às tropas nos territórios ocupados. Seu gabinete disse que ele discutiu formas de conter os ataques com mísseis e morteiros contra assentamentos no norte da região.

– Disparar contra assentamentos civis é algo que não pode continuar e que deve ser tratado o mais rápido possível –  disse Sharon aos soldados, em comentários transmitidos pela Rádio Israel.

A imprensa local noticiou que um morteiro caiu perto do posto fronteiriço de Erez pouco antes da passagem de Sharon. Os militantes também lançaram mais mísseis e foguetes contra assentamentos judaicos em Gaza horas antes do início da visita de três dias de Abbas. Foram pelo menos 12 ataques, sem vítimas, segundo os colonos.

Abbas está sob pressões das mais variadas desde que substituiu Yasser Arafat como presidente palestino. Os grupos militantes, com os quais pretende se reunir em Gaza, desafiaram seus apelos por trégua, e Israel se recusa a negociar até que a Autoridade Palestina controle a militância.

As informações são da agência Reuters.