A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, nesta segunda, dia 25, que cerca de 380 toneladas de explosivos desapareceram de um depósito situado perto de Bagdá, que fazia parte do programa nuclear do ex-ditador Saddam Hussein. O local nunca contou com a proteção das forças armadas dos Estados Unidos.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, enviará um relatório sobre o assunto para o Conselho de Segurança da ONU. Os explosivos desaparecidos podem ser utilizados para detonar uma arma nuclear ou como armas convencionais.

O jornal The New York Times, que divulgou a notícia, revela que especialistas norte-americanos em armamentos temiam a possibilidade dos explosivos serem usados em ataques com bombas contra as forças dos EUA, sob crescente pressão antes das eleições iraquianas, marcadas para janeiro.

Depois da guerra, a AIEA foi impedida de visitar a maior parte das instalações iraquianas e assistiu de longe ao saque dos locais antes usados no programa nuclear de Saddam. Depois de o programa nuclear do Iraque ter sido desmantelado, o país teve autorização para ficar com parte de seus explosivos, a serem usados na indústria de mineração.

As informações são da agência Reuters.