Em relatório anual, o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS) destacou que a guerra no Iraque aumentou o risco de atentados terroristas contra o Ocidente. O material foi divulgado nesta terça, dia 19. O instituto acrescentou uma seção sobre a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, em seu relatório chamado de "O Balanço Militar'', um documento respeitado que lista o tamanho das Forças Armadas no mundo.

– De modo geral, o risco representado pelos atentados terroristas contra ocidentais e contra alvos ocidentais nos países árabes parece ter aumentado depois do começo da guerra, em março de 2003 – concluiu o relatório.

O relatório diz ainda que "a invasão do Iraque provocou, a curto prazo, a intensificação do recrutamento pelos patrocinadores da Jihad e a motivação da Al-Qaeda para encorajar operações terroristas''.

O documento afirmou que metade dos 30 maiores líderes da rede foi morta ou detida depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, mas que cerca de 20 mil militantes treinados nos campos do Afeganistão continuavam soltos. A guerra no território afegão, declarada depois dos ataques contra os EUA, prejudicou a capacidade de atuação da Al-Qaeda, mas também fez com que a rede ficasse mais difícil de ser rastreada, levando seus líderes a se esconderem nas montanhas da fronteira com o Paquistão.

O IISS notou que os países ocidentais mais ricos conseguiram até agora evitar em grande parte os atentados da Al-Qaeda. Depois do 11 de setembro de 2001, o grupo realizou apenas um grande ataque no Ocidente, em Madri, em 11 de março deste ano. Mas países em desenvolvimento como o Quênia, a Indonésia, o Paquistão e a Arábia Saudita viram um aumento no número de atentados. Muitos desses ataques são realizados por grupos militantes locais, mas eles ainda têm laços com os militantes da organização de Bin Laden.

As informações são da agência Reuters.