A milícia xiita liderada por Moqtada al-Sadr concordou neste sábado, dia 9, em se desarmar, após acordo que pode pacificar o conflito em Bagdá e remover um obstáculo para que sejam realizadas eleições nacionais em janeiro. A milícia de Sadr organizou dois levantes contra os Estados Unidos e contra forças iraquianas neste ano. A insurgência de rebeldes muçulmanos sunitas ainda continua em grandes regiões do norte e do centro do Iraque.

Karim al-Bakhati, negociador de reféns no distrito de Cidade de Sadr, em Bagdá, informou à Reuters que as forças dos EUA prometeram parar de bombardear a vasta área da favela xiita imediatamente.

– Concordamos que, a começar da próxima segunda-feira, o movimento de Sadr entregará as armas à polícia iraquiana – afirmou, acrescentando que os pontos de coleta serão indicados nos próximos dias.

Segundo Bakhati, o embaixador norte-americano John Negroponte e um coronel não-identificado estiveram presentes na hora do acordo. Uma fonte governamental confirmou que o acordo foi selado. Não ficou claro se a milícia, leal ao jovem Sadr, xiita anti-americano, pretende colocar em prática o desarmamento apenas na região de Cidade de Sadr ou em outros pontos do Iraque.

Também estão em andamento conversações sobre um acordo de paz em Falluja, local visto como refúgio de militantes estrangeiros liderados por Abu Musab al-Zarqawi, cujo grupo matou o refém britânico Kenneth Bigley, na última quinta-feira.

Seqüestradores atacaram novamente neste sábado, capturando um motorista turco identificado como Halil Oglu e ferindo seu colega perto de Baiji, 180 km ao norte de Bagdá, segundo a polícia. O primeiro-ministro interino, Iyad Allawi, diz que seu governo não está negociando com rebeldes na Cidade de Sadr, em Falluja e em outras áreas problemáticas mas, segundo ele, os insurgentes podem ser anistiados se entregarem suas armas e permitirem que as forças iraquianas de segurança atuem.

As informações são da agência Reuters.