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Bush e Kerry trocam ataques sobre Iraque e credibilidade

Oponentes se enfrentarão em debate pela primeira vez nesta quinta

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e seu adversário democrata nas eleições de novembro, John Kerry, fizeram uma pausa nos preparativos para o debate da próxima quinta, dia 30, questionando mutuamente a credibilidade do adversário e voltando às acusações sobre o Iraque.

Bush afirmou que Kerry já mudou de opinião tantas vezes que poderia debater consigo mesmo. Kerry reagiu dizendo que Bush usa a "tática do medo" para desviar a atenção do desempenho do seu governo. Ele acusou o presidente de não falar claramente à população a respeito do Iraque e de outras questões.

Três dias antes do primeiro debate direto entre ambos, tanto Bush quanto Kerry disseram que a posição de seu adversário sobre a guerra no Iraque e o combate ao terrorismo são sinais de falta de credibilidade.

– Temos um presidente que, não importa qual é o assunto, se recusa a falar claramente com o povo norte-americano. Mesmo agora, George Bush não está falando claramente sobre o Iraque. É tudo a tática do medo. Eles querem assustar vocês com terroristas, assustar vocês com a guerra, assustar vocês com a saúde, assustar vocês com tudo o mais. Sabem por quê? Porque ele não tem realizações para mostrar – disse Kerry em Spring Green, Wisconsin, perto do resort onde se prepara para o debate de quinta.
 
Bush deixou sua fazenda no Texas, onde passou o fim de semana treinando para o debate, e foi fazer campanha em Ohio, Estado onde a disputa ainda está indefinida. Ele questionou a capacitação de Kerry para governar os EUA e zombou do adversário por mudar de posição.

– Está sendo um pouco duro me preparar, porque ele continua mudando de posição a respeito da guerra ao terrorismo. Ele votou (como senador) a favor do uso da força no Iraque, e depois não votou para financiar as tropas. Ele se queixou de que não estávamos gastando dinheiro suficiente na reconstrução do Iraque, e agora está dizendo que gastamos demais. Ele dizia que era correta a decisão de ir ao Iraque, e agora ele a chama de guerra errada. Ele provavelmente poderia passar 90 minutos debatendo consigo mesmo –  disse Bush a simpatizantes em Springfield.

Kerry, que nas últimas semanas vem adotando um tom mais agressivo na campanha, divulgou uma nota na qual diz que "quando os soldados dos EUA correm risco, o povo norte-americano não quer saber de piadas e de distorções fantasiosas por parte do seu presidente, ele quer ouvir a verdade".

A campanha de Bush lançou um novo anúncio televisivo em que aparece uma série de frases contraditórias atribuídas a Kerry, como "a vitória na guerra foi brilhante" e "Foi a guerra errada, no lugar errado e na hora errada".

– Como John Kerry pode nos proteger quando nem mesmo ele sabe onde está? – questiona o locutor. O anúncio está indo ao ar em TVs pagas e na TV aberta em Estados importantes onde a disputa está indefinida.

A campanha de Kerry reagiu com seu próprio anúncio, que menciona o caos e a violência no Iraque, em contraste com a visão otimista de Bush sobre o futuro.

– Como resolver os problemas se você não pode vê-los? – diz o locutor.

Uma nova pesquisa CNN/USA Today/Gallup mostrou nesta segunda que a vantagem de Bush sobre Kerry entre os eleitores propensos a votar em 2 de novembro caiu de 13 para 8 pontos percentuais em duas semanas. Em outras pesquisas a margem é menor. Entre os eleitores registrados (o que inclui os que pretendem e não pretendem votar), a vantagem de Bush subiu de 8 para 13 pontos, segundo a mesma pesquisa. Três outras pesquisas mostram que a disputa está virtualmente empatada, e outras dão uma vantagem de 3 a 8 pontos para Bush.

Com informações da agência Reuters.

 
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