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Furacões podem afetar corrida presidencial na Flórida

Moradores do Estado atingido por três furacões não estão preocupados com política

Uma série de violentos furacões deixou a disputa presidencial norte-americana em segundo plano na Flórida, Estado que decidiu a eleição de 2000, e pode afetar a atitude do eleitorado e o comparecimento às urnas no pleito de 2 de novembro, segundo analistas.

Há seis semanas da votação, os moradores da Flórida estão enfrentando mortes e prejuízos em grandes áreas do litoral e no norte do Estado. O furacão Ivan, que nesta semana matou pelo menos sete pessoas no noroeste da Flórida, foi o terceiro a atingir a região em cinco semanas, depois do Charley e do Frances.

– Quando as casas das pessoas estão destruídas e elas estão fugindo para salvar suas vidas, elas simplesmente não prestam atenção à política – disse Kathleen Hall Jamieson, diretora do Centro Annenberg para Políticas Públicas, da Universidade da Pensilvânia.

As pesquisas mostram que o presidente George W. Bush tem uma ligeira vantagem nas pesquisas no Estado sobre seu rival democrata John Kerry. Em 2000, Bush venceu Al Gore por 537 votos na Flórida, onde uma recontagem de 36 dias só foi resolvida com a intervenção da Suprema Corte dos EUA. Esse resultado garantiu que o republicano obtivesse maioria no Colégio Eleitoral e chegasse à Casa Branca.

Analistas dizem que a disputa deste ano na Flórida não permite previsões sobre vencedor e que as tempestades ampliam as incertezas. Como o voto nos EUA não é obrigatório, muitos eleitores podem desistir de ir às urnas por estarem ocupados demais em receber indenizações de seguradoras, em reformar suas casas ou em achar outro lugar para morar. Uma abstenção elevada deve ser ruim para Bush, porque algumas das áreas mais afetadas, como Port Charlotte, na costa oeste do Estado, e Pensacola, no norte, se inclinam pelos republicanos. Por outro lado, a constante presença do governador Jeb Bush, irmão do presidente, nas áreas atingidas pode dar uma mão à candidatura dele.

Algumas áreas com tendência eleitoral democrata, como o condado de Palm Beach, também foram muito atingidas pelas tempestades. Há vários meses, os analistas previam um comparecimento excepcional às urnas da Flórida, ainda como consequência da acirrada disputa de 2000, que incentivaria democratas e republicanos a votarem para que o drama não se repita.

Bush e Kerry vêm evitando eventos explicitamente políticos na Flórida. Preferiram, em vez disso, enviar suas condolências ao Estado. Bush já esteve duas vezes nas regiões atingidas e cancelou comícios em New Hampshire para ir à Flórida e ao Alabama, outro Estado atingido pelo Ivan. Depois da passagem do Frances, Bush arregaçou as mangas para entregar gelo, água e mantimentos a moradores de Fort Pierce. Já Kerry visitou a região depois da passagem do Charley e foi de casa em casa, em meio a trailers devastados, para oferecer solidariedade à população.

O governo Bush não está poupando esforços para entregar ajuda às vítimas dos furacões na Flórida. Até agora, o presidente solicitou US$ 5,1 bilhões em novas verbas de emergência, das quais US$ 2 bilhões foram aprovadas.

Com informações da agência Reuters.


 
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