O barril de petróleo encerrou a semana negociado a preço recorde no mercado internacional. Pela primeira vez, o barril americano rompeu a barreira dos US$ 46 e o Brent, referência na Europa, ultrapassou os US$ 43. Instabilidades no Iraque, Rússia e Venezuela e aumento da demanda na China preocupam o mercado.

A trajetória de alta pode ser explicada pela explosão em uma refinaria da British Petroleum, nos EUA, pelo temor de novos ataques contra a indústria de petróleo no Iraque, o aumento da demanda na China e a incerteza diante do referendo de domingo na Venezuela, quinto maior exportador mundial de petróleo, para decidir se o presidente Hugo Chávez continua no poder.

O barril do U.S. Light encerrou em recorde, negociado a US$ 46,58, com alta de US$ 1,08. Durante a sessão, o barril americano chegou a bater US$ 46,65, seu nível mais alto em 21 anos, desde que o contrato é negociado na Bolsa Mercantil de Nova York.

Em Londres, o petróleo tipo Brent, referência na Europa, também bateu recorde no fechamento, encerrando a sessão a US$ 43,88, com alta de US$ 1,59, após ter alcançado durante o dia os US$ 43,92, seu maior preço desde 1988.

O mercado teme um novo ataque da milícia xiita que apóia o clérigo Moqtada al-Sadr, à infra-estrutura petrolífera do Iraque. Além disso, os operadores aguardam o resultado do referendo de domingo na Venezuela. Eles temem que os preços do barril disparem caso a Venezuela entre num período de instabilidade. Petroleiros da estatal venezuelana PDVSA já avisaram que não aceitarão a derrota do presidente Hugo Chávez.

O governo chinês anunciou que as importações de petróleo do país aumentaram em 40% ao longo deste ano, sem mostrar sinais de desaceleração. O aumento da demanda na China, que é o segundo maior consumidor mundial de óleo, alimentou o temor de desabastecimento global, colaborando para a disparada nos preços.

Com informações da Globo Online.