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Bush diz que alerta contra terror é um serviço público

Presidente desafiou Kerry a dizer se teria apoiado a invasão do Iraque

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se defendeu nesta sexta, dia 6, das acusações de que o alerta sobre atentados em Nova York e Washington foi elevado por motivações políticas. Segundo Bush, o governo tinha obrigação de informar o público sobre ameaças genuínas.

O alerta, exclusivo para instituições financeiras, foi elevado no domingo passado. A oposição democrata diz que se trata de uma manobra para dar impulso à candidatura de Bush à reeleição. O presidente diz que a intenção do governo foi divulgar informações ``reais.''

– Quando descobrimos inteligência que é real, que ameaça as pessoas, acredito que temos a obrigação, como governo, de compartilhar isso com o povo – disse Bush a uma audiência cética, composta por jornalistas ligados a minorias étnicas.

– E imagine o que acontece se não compartilhamos essa informação com as pessoas naqueles prédios e alguma coisa acontece? Esta é uma época perigosa. Eu gostaria que não fosse assim. Agora, eu gostaria de não ser um presidente da guerra. Quem diabos quer ser um presidente da guerra?

Depois, ele desafiou seu rival, John Kerry, a dizer claramente se em 2003 ele teria apoiado a invasão do Iraque, mesmo que fosse apenas para eliminar o perigo de que Saddam Hussein viesse a desenvolver armas de destruição em massa.

– Embora não tenhamos encontrado os arsenais que pensávamos que encontraríamos, fizemos a coisa certa. Ele tinha a capacidade (para produzir armas ilegais) e poderia ter passado essa capacidade aos nossos inimigos – afirmou Bush em um encontro de campanha em New Hampshire.

– Há questões que um comandante-chefe (o presidente) precisa responder com um claro sim ou não. Meu adversário não respondeu à questão sobre se, sabendo o que sabemos agora, teria apoiado a ida ao Iraque – acrescentou. – Eu dei minha resposta. Fizemos a coisa certa, e o mundo está melhor por causa disso.

Os jornalistas que participaram da entrevista coletiva do grupo Unity em Washington aplaudiram Kerry com entusiasmo na quinta-feira. Portanto, Bush tinha poucas dúvidas sobre a inclinação política do grupo quando aceitou conversar com ele.

Mesmo assim, os risos abertamente céticos diante de algumas respostas de Bush representou um forte contraste com a animação que normalmente cerca o presidente na sua campanha eleitoral. Só uma pessoa foi retirada da sala, depois de interromper o presidente aos gritos de ``Que vergonha, senhor Bush!'' e de chamá-lo de mentiroso.

Muita gente na platéia riu quando Bush teve dificuldades para responder a uma pergunta sobre o que significa a soberania tribal para os índios norte-americanos no século 21.

– Soberania tribal quer dizer: é soberano. Quer dizer, você é – você recebeu soberania, e é visto como uma entidade soberana. E, portanto, a relação entre o governo federal e as tribos é a que existe entre entidades soberanas – respondeu Bush.

O grupo também aplaudiu um jornalista que perguntou a opinião de Bush sobre o uso de critérios raciais para acesso a escolas e empregos. Bush já havia manifestado anteriormente sua oposição a esse sistema.

– Acho que as faculdades deveriam usar o mérito para que as pessoas entrassem – afirmou ele.

Bush irritou alguns negros norte-americanos em julho por se recusar a discursar na conferência anual da Associação Nacional das Pessoas de Cor. Ele tentou se redimir falando na Liga Urbana, uma entidade mais moderada, e dando a entrevista coletiva desta sexta. Em 2000, as minorias étnicas votaram majoritariamente contra Bush.

As informações são da agência Reuters.

 
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