As conversações entre um mediador iraquiano e um representante de uma empresa kuwaitiana iniciaram-se neste sábado, dia 31, visando a libertação de sete funcionários mantidos reféns no Iraque. A informação é do xeique Hisham al-Dulaymi, que coordena a mediação.

– Esperamos chegar a uma solução para o bem desses reféns e para o seu resgate – afirmou o xeique. A companhia kuwaitiana Gulf Link Transport enviou um representante a Bagdá para conversações com al-Dulaymi, na tentativa de conseguir libertar os três indianos, três quenianos e um egípcio, seqüestrados neste mês por um grupo que se autodenomina brigada "Black Banners" do Exército Secreto Islâmico.

Na última quinta os seqüestradores distribuíram uma fita de vídeo mostrando um refém indiano chamado Antaryami vestido com uma roupa laranja e com uma arma apontada para sua cabeça. Uma voz ameaçava executar um dos reféns no dia seguinte, a não ser que as negociações se iniciassem.

Os seqüestradores no Iraque têm vestido seus reféns de laranja antes de matá-los, usualmente por decapitação. A roupa imita os macacões usados pelos prisioneiros nas detenções norte-americanas, incluindo os muçulmanos presos em Guantánamo (Cuba).

O vice-ministro do Exterior indiano, Edappakath Ahamed, afirmou que um enviado indiano estava se deslocando a Bagdá para ajudar nas negociações.

Os seqüestradores exigiram que a empresa kuwaitiana parasse de fazer negócios no Iraque e também pediram compensação financeira pelas vítimas dos combates e ataques aéreos à cidade de Fallujah.

Al-Dulaymi é o chefe de um dos principais grupos tribais iraquianos e disse que agiu como mediador na libertação de outros reféns no Iraque, incluindo três japoneses libertados em abril e dois russos que foram soltos no mês seguinte.

Com informações da agência Reuters.