O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, John Kerry, tem ampla vantagem sobre o presidente George W. Bush entre os eleitores de origem latina, revelou uma pesquisa divulgada na quarta, dia 21. Questionados sobre em quem votariam se a eleição de novembro fosse realizada hoje, 60% deles disseram que escolheriam Kerry. Apenas 30% dos entrevistados votariam em Bush, segundo a pesquisa.

Realizada entre os dias 6 e 16 de julho, a pesquisa ouviu 1.605 hispânicos e foi conduzida pelo jornal The Washington Post, a rede de televisão Univision e a instituição Tomas Rivera Policy Institute.

Conforme a pesquisa, 54% dos entrevistados disseram que estão descontentes com o desempenho de Bush, enquanto 62% desaprovam a atuação do presidente republicano na guerra no Iraque. Além disso, 60% deles afirmaram que não aprovam a política econômica de Bush.

Quando questionados sobre em quem confiariam para lidar melhor com a situação no Iraque, 45% dos eleitores latinos apontaram Kerry, enquanto Bush ficou com 34 de preferência.

Cinquenta e três por cento disseram ter mais confiança em Kerry na área econômica. Porém, 54% dos entrevistados acham que Bush tem feito um bom trabalho contra o terrorismo, e seis entre 10 deles o consideram um "líder forte".

Entre os eleitores hispânicos, a economia figura como assunto de maior interesse, seguida por educação, a guerra no Iraque e o terrorismo.

Bush e Kerry disputam ativamente o eleitorado hispânico nas eleições de novembro. Esse contingente é especialmente importante em Estados como Arizona e Flórida, que devem ter uma eleição apertada. Cerca de 6 milhões de latino-americanos votaram nas eleições presidenciais de 2000, dos quais 35% em Bush.

Acusado pela oposição democrata de ignorar o eleitorado de origem latina, o governo norte-americano anunciou na quarta-feira um acordo com o México para divulgar os direitos trabalhistas entre os hispânicos.

O acordo prevê que esses direitos serão divulgados em inglês e castelhano por meio dos 45 consulados mexicanos no país, por anúncios em serviços públicos e por meio de uma linha telefônica gratuita.

As informações são da agência Reuters.