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 | 14/05/2004 08h14min

Soldados dizem que sexo e álcool são comuns nas prisões do Iraque

Parlamentares dos EUA viram mais de 1,2 mil imagens de abusos

Apesar de proibidos, o sexo e o consumo de álcool são lugares-comuns entre os carcereiros da prisão de Abu Ghraib, no Iraque, e os soldados chegaram a instalar uma "boate'' com shows eróticos, a luz de velas, em uma das salas. As informações são de militares que serviram no local.

– Havia um monte de casos amorosos. Havia todo tipo de adultério e alcoolismo, todo tipo de sujeira acontecendo – disse Dave Bischel, que serviu na 870ª Companhia e voltou aos EUA no mês passado.

– Havia uma cama encontrada em um dos prédios abandonados, havia um colchão no chão, eles tinham cadeiras ao redor e velas por todo o lugar – afirmou. – As cadeiras estavam ao redor obviamente para a audiência.

Parlamentares dos EUA viram na última quarta, dia 12, a portas fechadas, mais de 1,2 mil imagens de abusos a prisioneiros. Segundo eles, havia também fotos mostrando sexo consensual. Várias das fotos dos abusos já divulgadas tinham algum conteúdo sexual. Na mais famosa delas, a soldado Lynndie England aponta, sorridente, para prisioneiros que simulam se masturbar.

Entre os militares que servem em Abu Ghraib, correm soltos rumores sobre atividades sexuais na prisão. – Uma das soldados supostamente fez sexo grupal – disse Terry Stowe, outro militar da Califórnia que acaba de voltar do Iraque. – De vez em quando, coisas assim acontecem.

Bischel acrescentou que, em Abu Ghraib, "há todo tipo de buracos e fendas onde se esconder. E, dependendo de quem for seu colega de cela, você não vai ligar para que o outro cara está fazendo.'' O sargento Mike Sindar disse que também há boatos de alguns soldados fizeram sexo com os prisioneiros.

– Eles não deveriam fazer sexo – disse o tenente Antoine Brooks. – Nenhum tipo de confraternização nem nada. Você não quer que as soldados engravidem. É um empecilho à missão.

De Bagdá, por telefone, o capitão Patrick Swan disse que os EUA adotam uma política de proibir o sexo no teatro de operações. Mas a luxúria aparentemente levou à destituição do primeiro comandante da 870ª Companhia, Leo Merck, acusado de ter fotografado mulheres militares no banho. Pelo menos um soldado disse que seus colegas costumavam tirar esse tipo de foto.

Ao menos oficialmente, a pornografia comercial também é proibida.

– É ilegal ter material pornográfico no Iraque, pela lei iraquiana e pelo (regimento) militar dos EUA também – afirmou Michael Drayton, que sucedeu Merck no comando da 870ª Companhia.

As várias restrições da vida militar acabaram transformando as fotos de Abu Ghraib em um objeto disputado. – Eles colocaram essas imagens em um disco e ficaram bem orgulhosos, embora seja muito ruim o que fizeram – disse Drayton a propósito das fotos, agora conhecidas em todo o mundo, mostrando os abusos.

As informações são da agência Reuters.

 
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