Um homem acusado de ser assessor-chave de Osama bin Laden foi condenado a 32 anos de prisão nesta segunda, dia 3, por golpear um guarda no olho enquanto aguardava o julgamento dos atentados a embaixadas norte-americanas na África ocorridos em 1998.

Em uma emocionada audiência de sentença, o acusado Mamdouh Mahmud Salim confrontou sua vítima mutilada que teve o lado esquerdo do cérebro permanentemente danificado e parcialmente paralisado além de ter ficado cego no ataque.

Salim, de 47 anos, que segundo promotores é o membro mais alto na escala da Al-Qaeda a ser julgado nos Estados Unidos, se declarou culpado em 2002 por tentativa de assassinato e por conspiração para matar uma autoridade federal. A acusação sobre os atentados nas embaixadas ainda estão pendentes.

O acusado manteve sua cabeça baixa enquanto a vítima, que tem dificuldades de se lembrar das palavras, descrevia com barulhos e gestos o ataque que sofreu. Durante o ataque, Salim e outro detento jogaram molho quente no rosto de Pepe, o jogaram no chão e depois colocaram um pente afiado em seu olho esquerdo e até atingir seu cérebro.

Antes de ser sentenciado, a juíza perguntou a Salim se ele tinha algo a dizer. Ele pediu a um tradutor que falasse que não havia nada a ser dito e que não havia forma de se desculpar por tirar o olho de um homem.

Com informações da agência Reuters.