Um ataque de rebeldes contra um comboio norte-americano que transportava combustível a oeste de Bagdá provocou a morte de pelo menos nove pessoas na manhã desta sexta, dia 9. Um fotógrafo que estava no local do incidente viu corpos queimando dentro dos veículos militares e tanques-combusível que foram incendiados perto de Abu Ghraib. A coluna de fumaça negra que se formou no local do ataque podia ser visualizada a vários quilômetros de distância.

Na quinta houve intensa batalha entre tropas norte-americanas e guerrilheiros em Abu Ghraib. Muitos moradores da região têm tentado sair da cidade em direção ao oeste do Iraque para apoiar rebeldes nas cidades de Falluja e Ramadi, onde intensos confrontos entre manifestantes sunitas e soldados já provocaram mais de 300 mortes na última semana. 

Os choques se espalham ainda por Karbala, Nasiriya, Ramadi, Baquba e partes de Basra. Em Bagdá, um ataque americano no bairro xiita de Cidade Sadr destruiu um prédio usado como base pelo Exército Mehdi. Os EUA admitiram que o número de baixas entre os rebeldes foi "mínimo".

Também na quinta as forças da coalização perderam o controle de duas cidades – Kut e Najaf – pela primeira vez desde a queda do regime de Saddam Hussein. Os rebeldes fazem parte de uma milícia xiita leal ao líder radical Muqtada al-Sadr, acusado pelos EUA de incitar a resistência contra a ocupação. Nesta sexta, Kut foi reconquistada.

Desde o último domingo 35 soldados da coalizão e 459 iraquianos morreram em combates com rebeldes no Iraque. O general Ricardo Sanchez, que comanda as operações dos EUA no país, disse que o combate à milícia de Al-Sadr recebeu o nome de "Espada Resoluta". Segundo o militar, aparentemente "há vínculos em pequeno grau entre os rebeldes xiitas e sunitas" e "sinais de táticas bem planejadas" nas ações entre os grupos que lutam em Najaf e Kut.

Com informações da agência Reuters e do jornal Zero Hora.